O brasileiro e ex-presidente da Renault Nissan Carlos Ghosn teve um pedido de liberdade negado pelo Tribunal Distrital de Tóquio nesta quarta-feira (9), segundo informações das agências de notícias Reuters e AFP. A decisão ocorreu um dia após o primeiro depoimento do executivo a uma corte japonesa. Segundo as agências, a Justiça japonesa entendeu que a saída de Ghosn oferece risco de fuga e de adulteração de provas.
Ghosn foi preso no dia 19 de novembro, sob suspeita de ocultar ganhos na Nissan. Ele também é acusado de violação grave de confiança pois teria transferido prejuízos com investimentos pessoais para a empresa, da qual foi afastado como presidente do conselho de administração.
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A prisão de Ghosn atraiu críticas sobre o sistema legal no Japão, onde especialistas judiciais dizem que os promotores frequentemente tentam forçar confissões de suspeitos.
Ao tribunal, na terça-feira (8), ele afirmou ter “agido com honra, legalmente e com o conhecimento e a aprovação dos diretores da companhia”. O presidente da Renault e ex-chefe do conselho da Nissan é acusado de ocultar parte da sua renda e de repassar à montadora perdas com investimentos pessoais.
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