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O Carrefour deu mais um passo para se equiparar às outras duas maiores cadeias supermercadistas do Brasil e lançou nesta segunda-feira sua plataforma para vendas online, com investimento de 50 milhões de reais, contrariando os recentes boatos de que suas operações no Brasil estariam à venda.

Diferentemente de Wal-Mart e Pão de Açúcar, a rede francesa demorou para aderir ao comércio eletrônico por possuir "outras prioridades", segundo o diretor-superintendente do Carrefour Brasil, Jean-Marc Pueyo.

"Brasil e China são os países foco do grupo e os investimentos serão feitos sem limitações", disse ele a jornalistas, acrescentando que o Brasil é o primeiro país entre os emergentes a receber o modelo de e-commerce do Carrefour.

O executivo afirmou ainda que o formato implantado no país servirá de exemplo para adoção de lojas online em outros países do Carrefour da América Latina, como Argentina e Colômbia.

Embora não tenha apresentado metas para o faturamento da operação virtual no país, o grupo francês espera estar entre os cinco maiores do comércio eletrônico brasileiro até 2011.

"As metas dependem do fluxo da operação, que ainda não sabemos no que vai dar. Mas temos uma ambição interna, que não podemos divulgar, como parte da estratégia de crescer no Brasil", disse Pueyo.

Preparada para atender todo o território nacional, a nova plataforma de negócios do Carrefour contará com uma malha logística terceirizada.

Inicialmente, a loja virtual terá nove categorias de produtos: eletrônicos, informática, eletrodomésticos, telefonia, eletroportáteis, beleza e saúde, cine e foto, utilidades domésticas e cama, mesa e banho --ultrapassando 15 mil itens.

Segundo o diretor de e-commerce do Carrefour, Jonas Ferreira, até o final deste ano devem estar disponíveis mais de 80 mil itens.

O portal oferecerá, ainda, serviços de manutenção, instalação e suporte para produtos eletroeletrônicos.

Investimentos

O aporte de 50 milhões de reais na diversificação do formato de vendas do Carrefour é parte dos 2,5 bilhões de reais previstos em investimentos para o Brasil em 2010 e 2011.

De acordo com Pueyo, ainda este ano serão inauguradas 70 novas lojas no país. Até 2011, a rede estará presente em todo território nacional. Hoje, o Carrefour possui operações em 19 Estados, com cerca de 600 pontos-de-venda.

Uma das prioridades do grupo, conforme o executivo, será fortalecer a atuação nas regiões Norte e Nordeste. "Em cerca de 10 dias, será inaugurada a primeira loja do Atacadão em Fortaleza", antecipou. No mesmo prazo, a Colômbia também deve receber a primeira loja com essa bandeira.

Sem informar valores, Pueyo estimou que o faturamento do grupo no Brasil deva manter um ritmo de crescimento entre 15 e 16 por cento ao ano. "Isso será feito por expansão orgânica para todos Estados do país."

O Brasil representa o terceiro maior mercado mundial para o Carrefour, ficando atrás apenas de França e Espanha.

Em outubro do ano passado, o jornal francês Le Monde publicou que acionistas do Carrefour estariam pressionando o grupo varejista a vender seus ativos no Brasil, na Colômbia e na Argentina. A empresa negou a notícia.

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