O vice-presidente Geraldo Alckmin, que ocupa o cargo de presidente durante a viagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Europa, disse nesta terça (20) que a prorrogação do programa que concedeu créditos tributários para baratear o preço de carros novos ainda não está decidida.
A ampliação do prazo foi mencionada por Lula durante a reunião ministerial da última quinta (15), em que pediu estudos para a prorrogação. Alckmin, no entanto, diz que provavelmente vai acabar quando os R$ 500 milhões em créditos tributários terminarem.
“Isso vai ser decidido um pouco mais para frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas provavelmente quando acabar os R$ 500 milhões, acabou o programa, o estímulo”, disse após um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Um levantamento divulgado nesta segunda (19) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apontou que 64% dos recursos já foram consumidos, o equivalente a pelo menos R$ 320 milhões. O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou que o governo “não tem margem” para prorrogar o incentivo.
Além da dúvida de se prorrogar o programa, Alckmin engrossou o coro de Lula sobre a taxa de juros, que está em análise nesta terça (20) e quarta (21) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.
De acordo com ele, o governo vai “ajudar” para que os consumidores tenham acesso “enquanto o juro não cai, e temos certeza que ele vai cair”.
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