O Grupo CCR anunciou nesta segunda-feira (16) oficialmente a sua entrada no setor aeroportuário, depois que a assembleia geral extraordinária de acionistas aprovou a mudança do objeto social da companhia.

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A assembleia também aprovou a compra da participação acionária pertencente aos controladores da companhia, as construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Correa, nos aeroportos internacionais de Equador, Costa Rica e Curaçao por US$ 214,5 milhões. Juntos, os três aeroportos atendem a 10,3 milhões de passageiros por ano e têm um faturamento anual estimado em US$ 180 milhões.

Com a compra desses ativos, o grupo já teria condições de atender o edital dos leilões de aeroportos que prevê que os consórcios tenham como sócio um operador estrangeiro de aeroportos, com no mínimo 10% de participação. Apesar do atendimento do pré-requisito, a CCR está negociando a formação de um consórcio com a operadora internacional suíça Zurich para os três aeroportos brasileiros que serão licitados em 6 de fevereiro: Guarulhos, Viracopos e Brasília.

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"A gente já estaria liberado da participação de um sócio estrangeiro, mas a gente acha que faz mais sentido nesse caso um sócio, até porque você precisa ter gente com expertise e que conheça o negócio. A nossa opção é nesses três projetos ainda estar com um operador", afirmou Renato Vale, presidente do Grupo CCR.

Zurich e CCR definem até o dia 22 de janeiro se participam em conjunto dos leilões e ainda em quais licitações devem participar. A data limite para a apresentação das propostas é no dia 30 de janeiro.

Segundo Vale, o foco do braço aeroportuário da CCR é a América Latina. Ele não descartou, no entanto, a participação na privatização dos aeroportos da ANA, operadora aeroportuária estatal de Portugal e da Aena, operadora aeroportuária da Espanha.

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