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Aplicações

Novidades mudam marketing e vendas

O uso de aplicativos terá mais sucesso nas áreas de entretenimento, publici­da­­de e integração de negócios. A opi­­ni­­ão é do diretor-presidente da con­sultoria A.T.Kearney, Raul Aguirre "Os aplicativos para ouvir música, ver TV, fotos, vídeos, acesso a comunidades on-line serão os que mais se destacarão, especialmente entre os jovens", afirma.

Além disso, empresas do setor já vêm realizando testes para personalizar campanhas publicitárias pelo celular. Por meio de um localizador, o comerciante poderia disparar promoções para os clientes que passassem pelo shopping ou pela rua. "Já temos alguns projetos no Brasil na área de mobile marketing", diz Marcelo Condé, presidente da Spring Wirelles. "O sistema pode identificar padrões de consumo e gerar ofertas e promoções."

Para ele, no setor corporativo o uso de aplicativos no celular é ainda mais crítico e capaz de dar maior remuneração a desenvolvedores e operadoras. "Você faz a automação da força de vendas", explica.

Acesso a mapas, games, compra de passagens aéreas, mensagens instantâneas e, agora, até aulas de inglês. Esses são alguns dos serviços que vêm sendo apresentados pelas operadoras de telefonia celular aos seus clientes tanto para evitar que eles mudem de empresa como para incrementar a receita com a transmissão de dados. Essa tendência tem incentivado a emergência de dezenas de empresas especializadas nesses pequenos sistemas.

"Vai existir uma grande indústria de aplicativos para celulares no Brasil. Hoje, já existe um 'ecossistema' pequeno de empresas", afirma o diretor-presidente da consultoria A.T.Kearney, Raul Aguirre. O motivo de tanta certeza é que ocorre atualmente um fenômeno mundial de queda na receita das operadoras móveis e fixas com a transmissão de voz.A Spring Wireless, em oito anos, cresceu a ritmo chinês nesse mercado. A empresa faz aplicativos para o usuário final, desenvolvendo jogos, campanhas de marketing, soluções de mobile banking e integração força de vendas de uma companhia. "Comecei sem nenhum empregado em 2001. Em seis meses, contratamos 30 pessoas. E, hoje, a empresa tem 600 pessoas. Nosso faturamento cresce a taxas de 70% ao ano", diz Marcelo Condé, fundador e presidente da companhia.

A empresa também acaba incentivando a criação de outras companhias que trabalham em parceria no desenvolvimento de softwares. A Spring conta com outras cinco parceiras. Do total de funcionários, 400 pessoas trabalham nas operações da empresa nos Estados Unidos, Europa, Hong Kong e países da América Latina, de onde vêm 40% da receita.

Participação

Uma forma de se avaliar o potencial de crescimento do mercado é comparar o quanto a transmissão de dados representa na receita das operadoras. Segundo Condé, na Ásia e no Japão, a participação da transmissão de dados na receita das operadoras é da ordem de 40%. Nos Estados Unidos, de 25% a 30%. E, no Brasil, de 7% a 10%. "A AT&T (operadora americana) elevou sua receita com transmissão de dados de 10% para 30% em dois anos e meio. Claramente é uma tendência que eu espero que ocorra no Brasil."

A M4U, criada em setembro de 2000 em incubadora de empresas no Rio de Janeiro, também aposta em crescimento ainda maior. "Entendo que, em 2010, o mercado de aplicativos para celulares no Brasil deve esquentar, embora atualmente ainda tenhamos alguns obstáculos a vencer", explica Frances Malta Tanure, diretora de mídia e entretenimento da companhia. Em nove anos, o número de funcionários passou de cinco para 130 pessoas. A empresa desenvolve soluções para levar para o celular download e streaming de música, filmes digitais on demand, entre outros serviços.

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