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Depois do ciclo de otimismo gerado pelo comunicado do banco central dos Estados Unidos (Fed, na sigla em inglês), sinalizando a possibilidade de interrupção na alta dos juros, os mercados financeiros voltam a viver momentos de apreensão, desta vez relacionados com o cenário geopolítico global.

A opinião é do gestor de Renda Fixa da corretora Concórdia, Jorge Alberto Cabral. De acordo com ele, esses temores contaminam todos os mercados, inclusive os de países emergentes, como o Brasil. Os investidores, segundo Cabral, estão preocupados agora com Coréia do Norte, México e Venezuela.

-Os norte-coreanos resolveram desafiar a comunidade internacional testando mísseis logo no Dia da Independência dos americanos. No México, a recontagem de votos assusta porque o mercado já tinha precificado a vitória do candidato do governo. E a entrada da Venezuela no Mercosul pode afastar o capital americano da América Latina - avaliou.

Jorge Cabral acredita que uma piora no cenário político internacional tende a aumentar o nível de cautela nos Estados Unidos, fazendo com que os juros continuem em elevação, chegando próximo dos 6% anuais.

- Além do risco dos Estados Unidos não interromperem o seu ciclo de aperto monetário, ainda existe a possibilidade da Europa voltar a subir juros. Apesar de muitos analistas não acreditarem nisso, eu acho que o Banco Central Europeu vai aumentá-los, novamente. E, na semana que vem, tem também a decisão do BC japonês sobre os juros no país - acrescentou.

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