Depois do ciclo de otimismo gerado pelo comunicado do banco central dos Estados Unidos (Fed, na sigla em inglês), sinalizando a possibilidade de interrupção na alta dos juros, os mercados financeiros voltam a viver momentos de apreensão, desta vez relacionados com o cenário geopolítico global.
A opinião é do gestor de Renda Fixa da corretora Concórdia, Jorge Alberto Cabral. De acordo com ele, esses temores contaminam todos os mercados, inclusive os de países emergentes, como o Brasil. Os investidores, segundo Cabral, estão preocupados agora com Coréia do Norte, México e Venezuela.
-Os norte-coreanos resolveram desafiar a comunidade internacional testando mísseis logo no Dia da Independência dos americanos. No México, a recontagem de votos assusta porque o mercado já tinha precificado a vitória do candidato do governo. E a entrada da Venezuela no Mercosul pode afastar o capital americano da América Latina - avaliou.
Jorge Cabral acredita que uma piora no cenário político internacional tende a aumentar o nível de cautela nos Estados Unidos, fazendo com que os juros continuem em elevação, chegando próximo dos 6% anuais.
- Além do risco dos Estados Unidos não interromperem o seu ciclo de aperto monetário, ainda existe a possibilidade da Europa voltar a subir juros. Apesar de muitos analistas não acreditarem nisso, eu acho que o Banco Central Europeu vai aumentá-los, novamente. E, na semana que vem, tem também a decisão do BC japonês sobre os juros no país - acrescentou.
-
Mais forte do que nunca: que aparato contra "desinformação" o TSE preparou para eleições 2024
-
PEC do quinquênio turbina gasto do Brasil com o Judiciário, que já é recorde
-
Uma família inteira na prisão: a saga dos Vargas no 8/1 encerra série de entrevistas de Cristina Graeml
-
Programa Cátedra Jurídica estreia com pesquisador que revolucionou Direito Constitucional no Brasil
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí
Perguntas e respostas sobre a reforma tributária; ouça o podcast
Carne deve ter imposto? Taxação de alimentos promete debate acirrado no Congresso
Deixe sua opinião