Apucarana comemorou ontem o "Dia do Boné" instituído por Lei Municipal com o lançamento do Censo Econômico do Boné, elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A pesquisa, realizada no segundo semestre de 2005 e catalogada em 2006, resultou num livro que expõe um perfil do pólo de confecções de bonés e destaca sua potencialidade, mão-de-obra, maquinário, gargalos e perspectivas.
O estudo do Ipardes revela que Apucarana produz atualmente 73 milhões de peças promocionais por ano, incluindo bonés, camisetas, porta-CDs, chapéus e outros tipos de brindes promocionais. Desse total, 53 milhões são de bonés. O setor gera em torno de 10 mil empregos diretos na cidade e responde por 60% da produção nacional desse acessório. O segmento é responsável por 57,8% dos empregos gerados em Apucarana e responde por 33,1% da renda industrial no município.
Foram consultadas 538 empresas, sendo 397 faccionistas, 111 de marca própria e outras 30 que atuam nas duas linhas. O estudo apontou que pelo menos 50% das empresas foram constituídas a partir do ano de 2000 e que 52% delas possuem imóvel próprio.
Quanto a origem dos insumos, o Ipardes apurou que praticamente todos materiais utilizados na produção de bonés são comprados no próprio município. "Os maiores gargalos detectados no estudo são a falta de mão-de-obra especializada, capital de giro, carga tributária excessiva e sistema de gestão, além de novos designs e redução de custo para viabilizar exportações", explica a economista Maria Aparecida de Oliveira.
Ontem, durante todo o dia, a cidade "reverenciou" o boné como acessório de vestuário e como produto que movimenta a economia local. Diversas atividades de lazer, cultura e até dicas preventivas de saúde foram levadas para a praça central da cidade. No Parque Industrial Norte, começou a ser construído o "monumento ao boné", que prevê a reprodução de um boné (em concreto) de 8 metros de altura por 7 metros de diâmetro.
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