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A Cesp não vai assinar a renovação dos contratos de concessão das usinas de Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos, decidiram nesta segunda-feira (3) os acionistas da companhia em assembleia geral extraordinária. Após a assembleia, às 16h24 as ações preferenciais (sem direito a voto) da companhia disparavam 9,11%, para R$ 19,04 -a maior alta do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira. No mesmo horário, o índice subia 0,87%.

Controlador da Cesp, o governo de São Paulo votou contra a renovação das concessões com base nos critérios atuais de MP 579 e dos decretos que regulamentam a lei. Segundo a empresa, a decisão foi tomada porque os valores --tanto das indenizações quanto das tarifas-- não atenderam o desejo da companhia, disse o presidente da Cesp, Mauro Arce. Ele também disse que ainda não recebeu respostas aos recursos administrativos acerca dos critérios que balizaram os valores propostos pelo governo federal.

Pela proposta do governo, a Cesp receberia por ano R$ 184 milhões pela geração de energia das três usinas, valor abaixo do gasto com pessoal, serviço e materiais de R$ 270 milhões, segundo a companhia.

Nesta segunda, a empresa recebe R$ 2,5 bilhões por Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos, 70% de toda a receita da Cesp --que tem também as usinas de Porto Primavera, Jaguari e Paraibuna.Outra razão é fato de o governo ainda não ter votado a MP 579, base legal para toda a reforma que o governo pretende fazer no setor.

Ainda segundo o presidente da Cesp, outro problema seria que a companhia tem vários contratos com o mercado livre de energia para entrega de 773 MW médios de energia até 2015. Se aceitasse a renovação, a empresa teria de gastar R$ 2,3 bilhões para comprar a energia no mercado e entregar aos seus clientes.

A reunião que decidiu pela não renovação antecipada das concessões durou 20 minutos. Com a decisão, o governo de São Paulo aguarda a posição do poder concedente em relação à usina de Três Irmãos, cujo contrato de concessão venceu em novembro do ano passado.

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