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O preço da cesta básica em Curitiba caiu 3,86%, no último mês de junho, de acordo com a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese-PR). No acumulado do ano, de janeiro a junho, houve uma deflação de 9,72% e nos últimos doze meses o valor baixou 5,15%.

O custo da chamada "ração familiar" essencial mínima, para uma família curitibana (um casal e duas crianças), foi de R$ 479,16, sendo necessários 1,37 salários mínimos para um trabalhador alimentar sua família. Por trabalhador, a ração essencial mínima teve um custo de R$ 159,72, ou seja, houve deflação de 3,86%. Por dia, o trabalhador gasta em média R$ 5,32 para se alimentar. Uma pessoa residente em Curitiba, e que ganha um salário mínimo, precisa de 100h24min de trabalho para conseguir comprar uma cesta básica (a lei estipula jornada padrão de 220 horas por mês).

O produto que teve maior aumento entre os pesquisados foi a carne (coxão mole), com 2,67%, seguido pela banana (1,76%) e arroz (1,47%. O leite, a exemplo do mês anterior, manteve-se estável, ou seja, não houve nenhuma alteração em seu preço.

Entre os produtos que tiveram maior percentual de redução em seus preços destaca-se o tomate. Em maio, o fruto já havia registrado deflação de 17,29% e em junho, a queda foi ainda maior: -32,77%. Em seguida ficaram a batata (-15,79%), farinha de trigo (-5,95), feijão (-4,69) e o pão (-2,90).

Pelo país

Apenas duas das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram aumento de preço na cesta básica. Em Fortaleza o aumento foi de 2,55% e em Belém a ração alimentar ficou 0,24% mais cara. Nas demais, o preço caiu. Como destaque, Vitória registrou a maior deflação (-6,76%), seguida por Natal (-4,92%), Salvador (-4,20%) e Recife (-4,01%).

Levando-se em conta as variações acumuladas nos seis primeiros meses de 2006, a maior queda registrada foi em Porto Alegre (-12,01%). Em seguida aparece Curitiba (-9,72%) e Belo Horizonte (-9,56%). No Nordeste, o balanço mostra que houve aumento de preço e a variação de 3,44% em Salvador, 3,33% no Recife e 3,11% em Fortaleza, de janeiro a junho deste ano.

Produtos de limpeza e higiene

O Dieese-PR fez um levantamento específico de variações de preços a pedido da Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Feaconspar). No mês de junho, os produtos de limpeza apresentaram redução de 1,93%, puxados pela queda de –5,94% no valor do sabão em pó. Já nos produtos de higiene houve queda de 2,34%. O produto que teve maior variação negativa de preço foi o papel higiênico (-7,68%), seguido pelo creme dental (-4,05%).

Mínimo ideal

De acordo com o Dieese, o salário mínimo ideal no mês de junho seria de R$ 1.447,58, segundo o que a lei determina.

O Decreto Lei 399 e a Constituição Federal, em seu artigo 7, capítulo IV diz: "Salário Mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas (do trabalhador) necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim".

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