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A batata, com queda de 10% no preço, ajudou a amenizar custo da alimentação em dezembro | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
A batata, com queda de 10% no preço, ajudou a amenizar custo da alimentação em dezembro| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Impactada pelo aumento do preço da maioria dos produtos ao longo do ano, a cesta básica de Curitiba fechou 2012 com alta de 9,12%, chegando ao preço médio de R$ 264,13, conforme apontou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica (PNCB), feita pelo Departamento Intersindical de Estudos Econômicos (Dieese). Em 2011, o preço dos produtos que compõem a cesta tinha avançado 1,91% apenas.

Segundo o economista do Dieese Sandro Silva, a variação poderia ter sido maior, mas a queda nos preços da batata (10,71%), banana (9,49%), carne (2,68%) e feijão (0,86%), no mês de dezembro, ajudaram a equilibrar o aumento no preço de outros produtos importantes como o arroz e o tomate, cujo preço avançou 33,19% no acumulado do ano. Além disso, a crise no exterior também ajudou a conter os preços, na medida em que reduziu a demanda para exportação.

Na média do ano, as famílias precisaram desembolsar R$ 792,40 para o conjunto básico de alimentos, comprometendo 42,46% do salário mínimo bruto, diante de 41,24% em 2011.

A alta no preço dos itens que compõem a cesta básica é atribuída, sobretudo, às questões climáticas – com períodos de estiagem e chuva que comprometeram a produtividade –, e à questão do câmbio. "A batata e o arroz tiveram problemas de safra, assim como o tomate, que é extremamente sensível às variações climáticas. E o feijão passou o segundo semestre do ano com o preço em alta", afirmou. Ou seja, apesar de pequenas reduções, como no caso da batata e do feijão, os preços ainda continuam inflados.

Nacional

Entre as 17 capitais pesquisadas, todas apresentaram alta no preço da cesta básica, com destaque para Fortaleza (17,46%), João Pessoa (16,47%) e Recife (15,26%). A menor variação foi registrada em Vitória (5,63%).

De acordo com o economista do Dieese, neste início de ano a expectativa é de um alívio no preço dos alimentos da cesta básica. Isso porque, de abril a maio, os reajustes costumam ser menos expressivos. "Existe a previsão de uma safra melhor em 2013 para alguns produtos com peso importante na cesta e isso significa preços menores, mas é importante lembrar que tudo depende das variações do clima ao longo do ano", afirma Silva.

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