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O custo médio da cesta básica de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do estado, registrou alta de 0,39% em agosto. O levantamento foi realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Rouger Miguel Vargas, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). De R$ 289,22, em julho, a compra dos 34 produtos que compõem a pesquisa passou para R$ 290,35, no último mês. Esta é quarta alta consecutiva nos preços da cesta básica da cidade.

Em maio, segundo a pesquisa, os preços subiram 2,62% em relação a abril, mês do último registro de queda (0,09%). Nos meses seguintes, a tendência de alta se manteve, com índices de 1,99% (junho); e 0,47% (julho). No acumulado dos quatro meses, a alta chega a 5,55%. No período, a compra da cesta básica, passou de R$ 275,06 (abril) para os atuais R$ 290,35.

O Índice Cesta Básica (ICB), levantado mensalmente pela UEPG considera os hábitos de consumo básico de alimentação, higiene e limpeza de famílias com até três membros, com renda de um a cinco salários mínimos e residentes em Ponta Grossa. Os preços praticados nos supermercados da cidade na primeira semana de cada mês são comparados com os valores registrados no mesmo período do mês anterior.

Alimentos

No levantamento realizado na primeira semana de agosto, os técnicos do Centro de Estudos de Pesquisas da UEPG verificaram que, dos 34 produtos pesquisados, 18 tiveram os preços aumentados, enquanto 16 sofreram retração. A banana, pertencente ao grupo de hortifrutigranjeiros, aparece como o produto de maior elevação, com alta de 15,24%. No mesmo grupo, a cebola apresenta a maior queda, com índice de 16,09%. No geral, os hortifrutigranjeiros registraram queda média de 1,33%. O grupo alimentação geral aparece na pesquisa com uma alta de 0,71% nos preços, com destaque para o feijão, que registrou a maior alta, 14,03%; e a bolacha, com redução de 5,97% nos preços. Na seção de carnes, a alta média foi de 0,99%. Os preços da carne bovina cresceram 1,29%; e da carne de frango, 0,45%.

Produtos de higiene

Entre os produtos de higiene, houve alta de 1,69%, em média. Enquanto o preço do desodorante subiu 4,53%; o preço do papel higiênico caiu 2,83%. No grupo limpeza, os preços caíram, em média, 2,91%. A maior alta ficou com o sabão em pó, 1,70%; e a maior queda, com a água sanitária, 9,71%.

Renda salarial

No comparativo com a renda salarial das famílias, os pesquisadores da UEPG constatam que, a compra dos 34 produtos da cesta básica consumiria 76,41% da renda de uma família com renda de um salário mínimo (R$ 380). Assim, restariam apenas 23,59% da renda da família para as demais despesas da casa. Em abril, quando houve o último registro de queda nos preços, o consumo da cesta para essas mesmas famílias representava uma despesa de 72,30% dos seus proventos. Em agosto último, no caso de famílias com renda salarial de dois, três, quatro e cinco salários mínimos, as despesas com a cesta básica seriam de 38,20%; 25,47%; 19.,10% e 15,28%.

Os técnicos da UEPG alertam que a pesquisa cesta básica considera apenas os preços praticados nos supermercados da cidade. Portanto, tal levantamento não pode ser confundido com aferidor de inflação, cujos cálculos consideram outros parâmetros da economia. Todos os meses, os pesquisadores observam que os preços promocionais nem sempre apresentam a realidade do mercado, pois em certos casos, os produtos com preços em oferta em determinada loja, são encontrados em outros estabelecimentos, fora de promoção, com preços ainda menores.

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