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A retração nos preços dos alimentos fez com que o valor cobrado pela cesta básica em Curitiba recuasse mais de 10% nos primeiros sete meses do ano, segundo estudo do Dieese. Essa é a segunda maior queda entre as 16 cidades englobadas pela pesquisa, atrás apenas de Belo Horizonte. Em julho, os preços dos 13 itens que fazem parte da cesta caíram 1,39% em Curitiba, na comparação com junho.

Os produtos que mais influenciaram para o recuo da cesta básica em Curitiba foram o tomate, com queda de de 38% nos últimos 12 meses, seguido pelo feijão, manteiga e leite. Açúcar e banana foram os alimentos que mais subiram no último ano.

Brasil

A queda nos preços dos alimentos é um fenômeno nacional. Em julho, a cesta básica ficou mais barata, em relação a junho, em 14 das 16 capitais pesquisadas. De acordo com o levantamento, as retrações mais significativas ocorreram em João Pessoa (-6,84%), Recife (-6,27%) e Salvador (-4,13%). Apenas em Porto Alegre (1,60%) e Florianópolis (0,81%) houve aumento no custo da cesta.

Nos primeiros sete meses do ano, somente duas cidades – Fortaleza (1,35%) e Natal (0,97%) – apresentaram variação acumulada positiva para o preço da cesta básica. As quedas mais expressivas ocorreram em Belo Horizonte (-11,38%), Curitiba (-10,77%), Porto Alegre (-10,60%) e Rio de Janeiro (-10,34%).

De acordo com a pesquisa, os produtos com variação mensal negativa em junho mantiveram a tendência em julho. Os maiores destaques foram o feijão e o tomate, que caíram em todas as capitais.

A redução no preço do feijão foi mais sentida em Florianópolis (-14%), Belo Horizonte (-13%), Belém (-12,7%) e João Pessoa (-12,3%). Para o Dieese, a boa safra do feijão permitiu a reposição de estoques e queda de preços. A grande oferta também permitiu a redução no preço do tomate nas 16 capitais pesquisadas. Recife(-40,5%), Fortaleza (-40,4%) e Salvador (-25,3%) registraram as baixas mais expressivas.

Entre as altas, o Dieese destacou o arroz, que apresentou alta em 13 capitais, sendo as mais expressivas em Florianópolis (22,73%) e Porto Alegre (20,62%), o que puxou o crescimento do custo da cesta nestas duas localidades. Segundo o Dieese, o preço do cereal é pressionado pelo encarecimento de adubos químicos derivados de petróleo.

Salário

Na mesma pesquisa, o Dieese apontou que o valor do salário mínimo em julho deveria ser de R$ 1.436,74, ou seja, 4,1 vezes o vigente (R$ 350,00). Para chegar a este número, a entidade levou em conta o custo apurado para o conjunto de gêneros essenciais e o preceito constitucional que determina que o salário deve ser suficiente para suprir as necessidades de uma família com alimentação, moradia, transporte, vestuário, saúde, educação, higiene, lazer e previdência.

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