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O preço da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em março no comparativo com o mês anterior. Curitiba teve a oitava maior variação (7,28%). Com isso, o valor da cesta na cidade chegou a R$ 231,30, o sétimo mais alto entre as cidades pesquisadas.

Os aumentos mais significativos ocorreram em São Paulo (10,49%) e Recife (9,74%). As menores variações foram verificadas em Natal (2,91%) e Fortaleza (3,13%).

A cesta básica mais cara continua sendo a de Porto Alegre, que subiu 7,8% no mês, para R$ 257,07, seguida de São Paulo (R$ 253,74) e Rio de Janeiro (R$ 240,22). Os menores custos foram registrados em Aracaju (R$ 181,70) e Fortaleza (R$ 182,43).

O principal responsável pela alta do custo da cesta em março foi o tomate, cujo preço subiu em todas as capitais. O aumento mais expressivo foi em Curitiba, com alta de 75,39% no preço do produto.

Além do preço elevado, o tomate está com baixa qualidade. As condições climáticas adversas desorganizaram a produção, e tornaram necessário o replantio nas principais regiões produtoras. Após este procedimento são necessários cerca de três meses para a colheita. Assim, no momento a oferta é pequena e o preço teve alta.

Outro item que teve a maior variação positiva no mês em Curitiba na comparação com as outras capitais foi a carne, produto que tem o maior peso no valor da cesta. A alta foi de 4,61%. O aumento ocorreu tanto devido ao maior volume exportado quanto ao confinamento do gado, que assim tem maior custo, ainda que os preços do milho, produto básico da ração animal, estejam em queda.

Com base no custo da cesta observado em Porto Alegre, o Dieese estimou que em março o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas da população seria de R$ 2.159,65, o que corresponde a 4,23 vezes o mínimo vigente de R$ 510,00.

Em fevereiro, o mínimo era estimado em R$ 2.003,30, ou 3,92 vezes o piso em vigor. Já em março de 2009,o mínimo necessário ficava em R$ 2.005,57, o que representava 4,31 vezes o piso de então (R$ 465,00).

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