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O preço da cesta subiu em 16 das 18 capitais pesquisadas em março, segundo pesquisa mensal do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada na segunda-feira.

As maiores elevações foram apuradas em Vitória (6,01%), Manaus (4,55%), e Salvador (4,08%), e houve retrações apenas em Florianópolis (-2,25%) e Natal (-1,42%).

São Paulo continua a ser a capital com a cesta básica mais cara do país (R$ 336,26). Em seguida aparecem Vitória (R$ 332,24), Manaus (R$ 328,49) e Belo Horizonte (R$ 323,97). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 245,94), João Pessoa (R$ 274,64) e Campo Grande (R$ 276,44).

No trimestre, as 18 capitais apresentaram alta nos preços da cesta. As maiores foram registradas em Salvador (23,75%), Aracaju (20,52%) e Natal (16,52%). Os menores aumentos foram verificados em Florianópolis (5,97%), Belém (7,47%) e Curitiba (8,65%).

DesoneraçãoJunto com a divulgação da pesquisa, o Dieese publicou nota técnica sobre o comportamento dos preços dos produtos desonerados pela MP 609, de 8 de março, que desonerou diversos itens da cesta básica.

Dos 13 itens do levantamento, cinco tiveram redução de tributos: carne, manteiga, café, açúcar e óleo. Os demais itens da cesta já eram isentos de tributação.

Segundo o Dieese, "a grande maioria dos preços do conjunto de produtos desonerados apresentou queda de preço em relação ao mês anterior". Óleo, carne e açúcar foram os produtos que tiveram redução no preço na maioria das capitais: 16, 15 e 12, respectivamente.

Alta menorO comportamento de queda dos preços dos produtos desonerados indica, segundo o Dieese, "que eles podem ter contribuído para a redução do custo da cesta na maioria das capitais pesquisadas".

"A constatação é que o comportamento do preço dos itens desonerados pode ter contribuído para reduzir o aumento do valor da cesta básica em 15 das 18 capitais pesquisadas", diz a instituição.

"Embora neste momento a observação dos preços dos produtos desonerados mostre que a medida apresenta resultados positivos, é preciso continuar acompanhando a evolução nos próximos meses, para avaliar o efeito da desoneração."

Salário mínimoO Dieese também calcula, com base no preço da cesta básica em São Paulo, qual deveria ser o valor do salário mínimo para atender a determinação constitucional der ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.Em março deste ano, o menor salário pago a um trabalhador deveria ser de R$ 2.824,92, quase quatro vezes o mínimo em vigor no Estado (atualmente em R$ 755). No país, valor do salário atual é R$ 678.

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