O Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central (BC) nesta manhã afirma que a probabilidade de a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2011, de 6,5%, subiu para 22% pelo cenário de referência. No relatório de março, estava em 20%. Para 2012, essa probabilidade subiu de 13% para 14%, no mesmo cenário.
No cenário de mercado, a chance estimada pelo BC de a inflação ultrapassar o teto da meta em 2011 continuou em 18%, enquanto a probabilidade para 2012 foi ampliada de 18% para 20%.
O relatório aponta como outra fonte de risco ao IPCA o comportamento das expectativas de inflação. Embora reconheça que houve certa acomodação na dinâmica das previsões para a alta dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que existe o risco de que os níveis elevados da inflação mensal e da taxa acumulada em 12 meses verificados desde o fim de 2010 continuem a influenciar as expectativas de inflação, tornando sua dinâmica mais persistente.
O Copom avalia ainda que a geração de superávits primários compatíveis com as projeções de inflação contribui para arrefecer o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta e solidificar a tendência de redução da razão dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB).
O BC destaca que seu cenário prospectivo central está condicionado à materialização das trajetórias com as quais trabalha para variáveis fiscais. O documento lembra o corte orçamentário anunciado pelo governo que reforça a visão de que está em curso um processo de consolidação fiscal.
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