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A China mudará sua política monetária de moderadamente afrouxada para "prudente", decidiram os principais líderes do Partido Comunista nesta sexta-feira, em uma mudança que pode abrir caminho para mais elevações de juro e controles de crédito.

O comitê executivo do partido decidiu manter a política fiscal proativa da China, indicando que o governo quer continuar a aumentar os gastos com investimentos mesmo enquanto adotar medidas de aperto para conter a inflação.

Os mercados globais foram pouco afetados pela notícia, com investidores acreditando que a linguagem do governo é uma afirmação do aperto gradual que Pequim já começou a implementar nos últimos meses.

Mas, embora a mudança na descrição da política já tenha sido discutida há algumas semanas por conselheiros do banco central, o apoio do governo --informado pela agência de notícias estatal Xinhua-- pode marcar um ponto decisivo.

"Isso significa que todo tipo de ferramentas de política monetária para controlar liquidez e controlar inflação podem ser usadas agora", disse Ken Peng, economista do Citigroup em Pequim.

"No passado, nós claramente nos concentramos em medidas administrativas. Daqui por diante, nós podemos usar mais ajustes de preços via taxas de juros", disse ele, acrescentando que prevê cinco elevações de juro até o final do ano.

A China subiu o juro apenas uma vez neste ano, normalizando a política monetária após os padrões expansionistas adotados para combater a crise financeira global. Ao invés de mexer nas taxas de juros, o país usou ferramentas quantitativas, elevando o compulsório dos bancos por cinco vezes.

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