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| Foto: NICOLAS ASFOURI/AFP

A economia chinesa cresceu 6,7% nos primeiros três meses de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado. O avanço ficou dentro da meta estabelecida por Pequim no início do ano.

O resultado do primeiro trimestre, apesar de ser o mais fraco desde o começo de 2009 (quando o país sofria os efeitos do início da crise global), ficou dentro do esperado por analistas e foi visto como um sinal de que a segunda economia mundial está se estabilizando, após as turbulências da segunda metade de 2015.

Entre os pontos positivos estão a indústria, que cresceu mais que o esperado em março, assim como o varejo.

Os sinais de melhora também foram notados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que nesta semana elevou a previsão de crescimento do PIB chinês neste ano de 6,3% para 6,5%.

O governo de Pequim estabeleceu em março que a meta de crescimento deste ano será de entre 6,5% e 7% -com uma média de ao menos 6,5% de alta do PIB no período de cinco anos.

Os sinais de estabilização do gigante asiático, ao lado das apostas dos investidores de que os juros americanos continuarão baixo por um longo período, têm ajudado as Bolsas globais nas últimas semanas, além de alavancar os preços de matérias-primas como o petróleo.

Para o Brasil, os sinais de melhora da China são importantes. Apesar da queda no preço das commodities, o país continua a ser o maior comprador no exterior dos produtos brasileiros -18,6% das exportações do país rumaram para os portos chineses no ano passado, ante 18% em 2014.

No primeiro trimestre deste ano, a demanda chinesa por produtos brasileiros cresceu 12,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Para o professor Kamel Mellahi, da Warwick Business School (Reino Unido), no entanto, ainda é prematuro dizer que os problemas da economia chinesa chegaram ao fim e que haverá uma retomada forte.

“É claro que há uma série de pontos positivos, mas também existem áreas preocupantes. Reformas dolorosas ainda são necessárias para ligar com a iminente crise da dívida, com o poder e a influências de grandes empresas estatais e o excesso de produção por uma série de setores”, afirmou.

“De modo geral, as reformas estão caminhando na direção correta, mas, até o momento, elas não foram longe o suficiente.”

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