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Iuan teve uma alta expressiva ontem: governo americano pressiona para que moeda chinesa fique mais valorizada | Reuters
Iuan teve uma alta expressiva ontem: governo americano pressiona para que moeda chinesa fique mais valorizada| Foto: Reuters

Euro

Grécia paga maior juro em 10 anos

A capacidade da Grécia em reduzir seu déficit público e saldar suas dívidas no curto prazo era posta em dúvida ontem nos mercados mundiais, apesar dos esforços do BCE (Banco Central Europeu) em mostrar confiança nas medidas adotadas até o momento. Para captar recursos no mercado mundial, o governo grego tem sido forçado a pagar os juros mais altos em dez anos, um sinal claro da perda de confiança dos investidores.

A referência são os títulos da dívida alemã, de menor risco do ponto de vista do investidor europeu. Na comparação com esses papéis, os bônus gregos estão pagando um nível de juros 4,4 pontos porcentuais mais alto, a maior diferença desde 1999, quando o euro foi adotado no continente.

Em uma entrevista a jornalistas, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, procurou injetar confiança nos mercados, afirmando que considera "factível" o plano da Grécia para controlar seu rombo fiscal. Ele também ressaltou o "muito, muito sério compromisso" dos demais países da zona do euro para ajudar a Grécia, como acertado em março, num acordo que prevê empréstimos bilaterais para o países mediterrâneo, além de acesso a empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Folhapress

O governo chinês deve anunciar nos próximos dias que vai deixar o iuan (a moeda local) se valorizar levemente e flutuar mais nas operações diárias, disseram ao New York Times fontes ligadas ao assunto.

A decisão de Pequim seria por motivos domésticos, mas provavelmente seria bem recebida pelo governo norte-americano, que vem sendo pressionado internamente para tomar uma atitude sobre a moeda chinesa, que está atrelada ao dólar desde meados de 2008. O mercado já antevê a alta e ontem a moeda chinesa teve forte valorização em relação ao dólar. Em Xan­gai, o iuan chegou a 6,8235 unidades por dólar – maior valor desde outubro de 2009.Ainda de acordo com o New York Times, a decisão chinesa teria como alvo o combate à inflação, que é motivo de preocupação para o governo, já que ela vem se acelerando e atingiu 2,7% em fevereiro. Um iuan mais forte torna as importações mais baratas, que são um importante instrumento para o controle dos preços.

E, ainda que o governo de Ba­­rack Obama tenha fugido do as­­sunto (o secretário do Tesouro, Tim Geithner, que está na China, não falou ontem sobre o tema) para não dar a impressão que a mudança na política cambial seja resultado da pressão americana, a alteração de rumo do iuan seria uma conquista política para a atual administração da Casa Branca.Apesar das pressões do Con­gresso, o governo dos EUA preferiu adiar um relatório que deveria ser divulgado na semana que vem e que poderia apontar o iuan como "artificialmente desvalorizado". A reclamação é que isso torna as exportações chinesas mais baratas, permitindo que elas tenham mais competitividade no mercado internacional e ingressem com força nos Estados Unidos.

Apenas no ano passado, os EUA acumularam déficit de US$ 227 bilhões nas relações comerciais com a China, responsável por quase metade da conta negativa na balança americana. Também em 2009, os chineses assumiram pela primeira vez o posto de maior exportador global, tomando o lugar ocupado pela Alemanha.

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