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O governo da China prometeu neste domingo (6) uma reforma econômica que vai elevar o status dos consumidores e empresários, mas não deu sinais de como irá lidar com suas reformas politicamente voláteis.

Pequim quer estimular o crescimento autossustentável através do consumo e desenvolver as indústrias de serviço e de alta tecnologia, afirmou o primeiro-ministro Wen Jiabao em um discurso no fim de semana para explicar os objetivos para 2011. Isso vai exigir que as indústrias estatais sejam refreadas, além de outras mudanças que podem provocar uma reação dentro do partido - obstáculos que Wen evitou mencionar.

"Parece ótimo, mas não está claro se eles têm o capital ou desejo políticos para ir em frente com essas mudanças", disse Alistair Thornton, analista para China da IHS Global Insight.

As mudanças destacadas por Wen podem levar a uma evolução da segunda maior economia da China de fábrica de baixo custo para importante mercado consumidor. Isso pode ajudar a diminuir as diferenças entre a elite chinesa e a maioria pobre, além de aliviar tensões sobre seu superávit comercial através do estímulo à demanda por importações.

Mas para alcançar seus objetivos, Pequim tem que reduzir subsídios e empréstimos bancários de baixo custo a estatais, e mexer em outros interesses que têm aliados no Partido Comunista e podem se opor.

Wen prometeu "reformas das taxas juros" sem fazer especificações nem dar prazos. O governo anunciou mudanças similares antes, mas pouco fez para seguir em frente com elas. O plano está em linha com os objetivos aprovados por líderes comunistas em um plano de desenvolvimento de cinco anos realizado em outubro.

Wen afirmou que Pequim vai encorajar o gasto do consumidor, incluindo com o fornecimento de subsídios para a população pobre rural para que compre aparelhos para casa.

"Vamos nos focar no estabelecimento de um mecanismo de longo prazo para impulsionar a demanda doméstica", disse Zhang Pin, presidente da agência de planejamento do gabinete, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

"No último plano de cinco anos, nós nos concentramos no crescimento. No próximo plano de cinco anos, vamos nos focar em melhorar a vida das pessoas", disse Zhang.

Para diminuir as diferenças entre a população, Wen prometeu mais gastos sociais, um salário mínimo maior e taxas sobre bens imobiliários.

O novo gasto social poderia ser financiado pela exigência de que empresas estatais entreguem uma parcela maior de seus lucros ao governo, passo que uma autoridade do gabinete havia dito no mês passado que Pequim planejava dar.

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