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A China propôs nesta quinta-feira (17) a criação de um fundo de US$ 20 bilhões para financiar projetos de infraestrutura em países da América Latina e Caribe. A proposta foi revelada pela presidente Dilma Rousseff, após a reunião de cúpula Brasil-China-Quarteto da Celac-Países da América do Sul-México. O quarteto da Comunidade dos Estados Latinos-Americanos e Caribenhos (Celac) é formado por Chile, Antígua Barbuda, Cuba e Costa Rica.

Segundo Dilma, o fundo chinês vai começar com capital de US$ 10 bilhões e deverá estar pronto para o ano que vem. Além disso, a China propôs uma linha de crédito preferencial para a Celac, por meio de um banco chinês, que pode chegar a US$ 10 bilhões, e um fundo de cooperação para o Caribe e América Latina de US$ 5 bilhões para investimento "em áreas a serem definidas", disse a presidente.

Também por sugestão da China, será criado um fórum com a participação do país asiático, América Latina e Caribe. A previsão é de que este fórum se reúna no próximo ano, disse Dilma.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou a iniciativa chinesa. "A proposta trazida pelo presidente chinês [Xi Jinping] é extraordinária", disse Maduro. Segundo ele, a reunião de hoje demonstra uma "vontade política para construir os laços de um mundo multipolar e multicêntrico".

Ele agradeceu a iniciativa da presidente Dilma Rousseff e lembrou a participação do ex-presidente Lula nos esforços para unir os países da região. "Lula e Dilma fizeram possível tudo isso. [O surgimento da] Celac, o fórum econômico da Celac e China e a reunião dos Brics com toda a América do Sul."

Em discurso no encontro, o presidente cubano Raúl Castro afirmou que a reunião dos chefes de Estado e governo é uma "mostra incontestável da vontade política" dos presentes, em busca de maior diálogo e cooperação.

Castro elogiou ainda as recentes iniciativas dos Brics. Para ele, a criação de um banco e do Arranjo Contingente de Reservas representa uma "significativa" contribuição "para a construção de um sistema financeiro internacional mais abrangente".

Ele defendeu ainda que os países do Caribe que estão diante de fragilidades, como mudanças climáticas e problemas econômicos, recebam "em condições preferenciais a cooperação, comércio e investimentos quer da América Latina quanto da China".

Mercosul

O presidente Nicolás Maduro confirmou para o próximo dia 29 de julho a cúpula do Mercosul, em Caracas. Ele afirmou ainda que uma reunião da Unasul está agendada para o mês de agosto em Montevidéu, no Uruguai.

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