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Pequim - A estatal chinesa State Grid fechou contrato com as espanholas Cobra, Elecnor e Isolux para a compra de sete concessionárias de energia no Brasil por R$ 3,097 bilhões (US$ 1,726 bilhão), maior valor já investido pela China no país até agora. O negócio, que ainda precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores, prevê a transferência de 100% do capital das seguintes empresas transmissoras de energia: Ribeirão Preto, Serra Paracatu, Poços de Caldas, Itumbiara e Serra da Mesa. Os chineses também compraram 75% da Expansión Transmissão de Energia Elétrica (que opera no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais) e da Expansión Transmissão Itumbiara Marimbondo.

O valor de R$ 3,097 bilhões inclui a transferência de dívida de R$ 1,305 bilhão. Antes do contrato fechado ontem, o maior investimento chinês no Brasil havia sido no setor de mineração, com a compra da Itaminas por US$ 1,2 bilhão, no mês de março.

Perfil

A State Grid cobre 88% do território chinês e é a maior empresa de transmissão e distribuição de energia da China e do mundo, com faturamento de US$ 164 bilhões em 2008. Com 1,5 milhão de empregados, a estatal é a 15º maior companhia do planeta de acordo com o ranking da revista Fortune.

A compra das sete concessionárias é o primeiro investimento de uma estatal chinesa no setor de energia elétrica no Brasil e marca a entrada da State Grid no país. O anúncio também reforça a percepção de que o ano de 2010 verá uma explosão dos investimentos diretos da China no Brasil.

Até agora, os grandes negócios estavam concentrados na área de petróleo, mineração e de siderurgia, setores estratégicos aos olhos de Pequim. Os chineses também começaram a procurar de maneira agressiva oportunidades no setor agrícola, com a compra de terra para produção de soja.

Petróleo

Segundo maior consumidor de petróleo do mundo, a China também está interessada em disputar concessões para exploração de poços no Brasil. No ano passado, o Banco de Desenvolvimento da China (BDC), principal instituição de fomento do país, concedeu empréstimo de US$ 10 bilhões à Petrobras, que teve como garantia a entrega de petróleo por um período de dez anos.

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