Um chip implantado sob a pele, que indica a localização de vítimas de seqüestro, já é testado por 196 brasileiros. Eles são monitorados por uma central nos Estados Unidos, pois o Brasil não tem lei que regulamente esse tipo de serviço, diz o engenheiro brasileiro Ricardo Chilelli, dono da empresa americana de consultoria em segurança RCI First Security Intelligence Advising.
Segundo o engenheiro, os 196 brasileiros moram nos EUA, mas vêm com freqüência à terra natal. Eles aceitaram implantar e testar o equipamento como voluntários anônimos.
- Fora do país, o sistema funciona em caráter experimental, com autorização provisória dos governos - disse Chilelli, que pensa em trazer a tecnologia em escala comercial ao Brasil só após a homologação do sistema pelos governos americano e brasileiro.
Por hora, é impossível implantar o equipamento no Brasil até em caráter experimental.
- Não vendemos, não fazemos propaganda e não temos lista de espera para comprar - disse Chilelli.
Porém, caso um clientes seja seqüestrado no país, pode ser monitorado dos EUA. Segundo estimativa feita por Chilelli em 2005, comercializado em larga escala, o chip custaria US$ 10 mil e a manutenção mensal chegaria a US$ 800.
Chilelli conta que a tecnologia partiu de um tipo de chip que existia no mercado americano para armazenar informações médicas da pessoa. O equipamento, porém, não emitia pulsos para localização.
- Criamos um chip que manda informações de sua localização para usar em quem pratica esportes radicais, como trilhas e escaladas. Só depois testamos para combater seqüestros.
O chip tem tamanho de um grão de arroz e não usa bateria. Alimenta-se da energia gerada pelo corpo. O mecanismo usado é um segredo industrial.
Wagner Giudice, delegado da Divisão Anti-Seqüestro, afirma desconhecer o aparelho e não saber de seu uso no exterior. Até hoje nenhum dos brasileiros que participam dos testes foi seqüestrado.
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