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Curitiba – Nem todo mundo está reclamando das chuvas que, há pelo menos um mês, faz parte da rotina da cidade. Para alguns segmentos do comércio, o tempo instável é sinônimo de mais lucro. A falta de sol está levando mais consumidores do que o normal, por exemplo, a lavanderias, vídeolocadoras e, principalmente, lojas de guarda-chuvas.

A empresária Márcia Regina Stanczyk, proprietária da Sombrinhas Ideal, no centro de Curitiba, está comemorando um aumento de até 80% no volume de vendas de guarda-chuvas, sombrinhas e capas de chuva. "O número de consertos também aumentou nesse porcentual", diz. "São Pedro é a nossa melhor propaganda", brinca. De acordo com a empresária, a procura é grande por todos os modelos de guarda-chuva, cujos preços variam de R$ 8 a R$ 40.

O empresário João Mannrich é proprietário de três lavanderias em Curitiba onde, segundo ele, o movimento está entre 25% e 30% maior do que o normal para essa época do ano. "As pessoas vem principalmente para secar peças grandes, como lençóis e toalhas, mas também roupas do dia-a-dia", diz. De acordo com o empresário, a procura pelo serviço de secagem cresceu em média até 50%. "Normalmente recebemos 100 peças por dia. No último mês esse volume chegou a até 180."

A dupla frio e chuva é determinante também para o movimento da rede de videolocadoras Cartoon Segundo o proprietário das três lojas de Curitiba, Neivo Zanini, em dias de chuva o número de locações cresce cerca de 30%. "No fim de semana, essa diferença pode chegar a 50%." O tempo chuvoso do último mês, de acordo com o empresário, compensou o inverno ameno e seco deste ano, que fez o número de locações cair em junho e julho.

A comodidade dos serviços de entrega também ganha mais adeptos quando o tempo está instável. O aumento vale até para compras que tradicionalmente são feitas pessoalmente, como a de remédios. Segundo o gerente de projetos da rede de farmácias Drogamed, Giancarlo Móras, o serviço em domicílio da rede costuma ser beneficiado com as temperaturas mais baixas e longos períodos de chuva. "Registramos um aumento em torno de 25% a 30% no número de entregas diárias."

Para a relações-públicas da Rádio Táxi Sereia, Lídia Wladeka, a relação entre chuva e aumento do número de atendimentos não é tão direta. Ela depende de um terceiro fator, a surpresa. "Assim como está, chovendo direto, as pessoas já saem de casa preparadas, com agasalho e guarda-chuva", diz.

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