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Enquanto a Varig vivia mais um dia de agonia jurídica nos tribunais cariocas, funcionários e clientes da empresa aérea em Curitiba mantinham, apesar das incertezas, o dia-a-dia da companhia que já foi líder do mercado de aviação brasileiro. Diariamente, 12 aviões da empresa decolam do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, com destino a São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. O número é bem inferior ao total de vôos que a Varig já operou na capital, mas, segundo uma funcionária da empresa, não tem ocorrido cancelamentos. "O movimento foi muito maior. Mas, pelo menos, estamos honrando nossos compromissos. Os aviões estão decolando e, na maioria das vezes, cheios."

A ocupação dos vôos faz parte da estratégia de sobrevida da companhia, que se viu obrigada a reduzir drasticamente os preços, sob pena de não ter mais passageiros para embarcar. E são justamente as tarifas baixas que ainda atraem alguns clientes, na sua maioria corporativos, para a companhia. "Minha empresa tem trabalhado bastante com a Varig. Provavelmente porque os preços estão atraentes", explica a analista de sistemas Aline Albardeiro, que ontem voou de Curitiba a São Paulo. As viagens a trabalho lhe renderam horas de vôo pelo programa Smiles. "Eu pensava em usar essas milhas para viajar de férias. Se a empresa falir não sei como vai ficar." A sensação de indefinição também incomoda o gerente de vendas Marcos Sahd, que viaja semanalmente. "O excesso de viagens já incomoda. Com a Varig a situação é pior, porque você não sabe se seu avião vai decolar."

Os funcionários reconhecem que há atraso nos salários. "Até R$ 1 mil se recebe mais ou menos em dia. Salários maiores tem atrasado até 3 meses."

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