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Filas longas nas agências da Caixa: muitos clientes acabaram desistindo de aguardar atendimento | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Filas longas nas agências da Caixa: muitos clientes acabaram desistindo de aguardar atendimento| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

As agências da Caixa Econômica Federal de Curitiba seguem hoje abrindo mais cedo, a partir das 9 horas, para atender o aumento da demanda de clientes após a greve que durou 28 dias. A ampliação do horário de funcionamento, que será mantida por tempo indeterminado, não evitou a formação de longas filas ontem.

Por volta das 13 horas, o comerciante Ítalo José Treuko, de 44 anos, retirou a senha de número 456 na agência da Praça Carlos Gomes. Percebendo que iria demorar para ser atendido, ele resolveu fazer outras coisas pelo Centro, voltando para a agência às 15 horas, e depois mais uma vez pouco antes das 16 horas, quando decidiu aguardar no local. Às 16h30, já com as portas do banco fechadas, o comerciante finalmente conseguiu pagar uma prestação de um apartamento, vencida no dia 16 e que, por uma questão judicial, só poderia ser paga na Caixa. "Esperar tudo isso é um absurdo. Eles fazem a greve e depois não trabalham direito para atender as pessoas no tempo certo", desabafa Treuko.

Mas, diferentemente do comerciante, muitos desistiram de enfrentar filas e senhas tão logo se depararam com a dificuldade do atendimento. "Não tive coragem de enfrentar isso aí. Amanhã eu tento de novo", disse a operadora de telemarketing Juliana Ferreira, de 26 anos, que precisava sacar o Fundo de Garantia (FGTS).

O mesmo aconteceu com o estudante Fernando Kister, de 18 anos. Ele conta que passou por seis agências para encontrar uma que estivesse mais vazia. Acabou desistindo, ao constatar que havia 150 pessoas à sua frente. "Já faz mais de um mês que eu preciso pegar com eles o meu Cartão Cidadão, sem o qual não consigo sacar o meu seguro desemprego. O jeito é vir aqui amanhã", disse Kister.

A Caixa Econômica Federal informa que, apesar das demoras, existe um reforço nas equipes de atendimento, nos caixas, na triagem de filas e no desbloqueio de cartões.

Volta não foi unânimeOs bancários de Curitiba e região votaram pelo encerramento do movimento na quarta-feira, posicionamento que também foi adotado por todos os outros sindicatos do interior do Paraná. Ontem, voltaram ao trabalho os funcionários das agências de Porto Alegre, Pará/Amapá e Rio de Janeiro, que não haviam aderido ao fim da greve na quarta. Outros nove sindicatos continuam parados. São eles: Amazonas, Goiás, Tocantins, Baixada Flumi­­nense (RJ), Camaquã (RS), Chapecó (SC), Pelotas (RS), Santa Maria (RS) e Santa Cruz (RS).

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