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McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares. | Divulgação
McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares.| Foto: Divulgação

Frio forma paisagem de clima europeu

Quem acordou cedo ontem no Paraná se deparou com cenas que lembram o clima europeu: muito frio e paisagens congeladas pela geada que se formou durante a madrugada. Alguns leitores da Gazeta do Povo registraram em fotos o que avistaram da janela de casa ou pelas ruas.

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O comércio e a indústria que trabalham com produtos consumidos no frio receberam impulso nas vendas com as baixas temperaturas dos últimos dias. A venda de aquecedores nos supermercados BIG, por exemplo, disparou 500% desde o dia 20 de julho. Lojas especializadas em vinhos, queijos e chocolates registraram crescimento de 20% na receita vinda desses produtos.

A corrida por aquecedores e secadoras de roupas estimulou até a concorrência – nas lojas de eletrônicos é possível encontrar boas promoções. O aquecedor e desumidificador de ar da marca Nilko custava ontem R$ 109 no Condor. Na Multiloja, ao preço de R$ 119, saíram 20 peças entre quinta e sexta-feira.

"Na hora do banho tem que ter, já que não tenho banheira de hidromassagem", brinca a comerciante Maria Cristina Ferracin, que pesquisava preços ontem. O aquecedor a óleo da Britânia custava ontem R$ 239,90 no Ponto Frio.

Na Fast Shop do ParkShopping Barigüi, as vendas de aquecedores subiram 25% em maio. Outro produto com muita procura é a lavadora LG "lava e seca". Por R$ 3.999, o consumidor tira a roupa seca de dentro da máquina, que tem capacidade para 8,5 quilos. "Vendemos umas cinco por semana, o que é 5% mais que em junho", diz o subgerente Gustabo Buch.

Como niguém quer ficar com roupa úmida em casa, no BIG as secadoras e centrífugas venderam 164% mais desde o dia 20.

Quando esfria, o proprietário da Queijos e Vinhos Delicatessen, no Mercado Municipal, Cesar Heiden Jr., comemora o aumento de clientes na loja. "Quem compra vinho o ano todo não aumenta a quantidade no inverno. Já quem não tem o hábito compra no inverno vinhos mais baratos, de cerca de R$ 20", conta. Com isso, cresce o número de clientes que gastam, cada um, cerca de R$ 100. Os vinhos representam 70% da receita da loja.

A proprietária da Adega Curitibana, Maricel Heiden, já havia sentido acréscimo de 50% nas vendas de vinhos tintos no início do mês. Mesmo com o período de férias, o frio intenso manteve o lucro em alta.

No Armazém da Serra, o café em grão vende 15% mais com clima frio. Quem vende balas e chocolates também confirma a maior saída desses produtos.

Fondue

Há produtos que só saem no inverno, como o preparado para fondue. Na Queijos e Vinhos o menor preço é de R$ 14, mas ele pode ser encontrado por R$ 10 em supermercados. No BIG, desde o dia 20 de julho, o produto já vendeu 15% a mais que no mesmo intervalo do ano passado. O aparelho de fondue vendeu 20% mais no período.

Lojas mais sofisticadas, como a Camicado, aproveitam a demanda para fazer promoções. O aparelho mais barato custa R$ 59,90. Na loja do ParkShopping Barigüi, a linha de utensílios de cozinha vendeu 30% mais desde que o frio começou, e 10% mais em relação ao inverno passado. "As pessoas vêm comprar presente de casamento e escolhem algo para elas pelo preço", explica a gerente Creusa Hiratsuka.

Entre as pechinchas, canecas por R$ 13, tigela de sopa por R$ 9 e taça de vinho por R$ 4,90. A loja também está vendendo cerca de 45% mais mantas e cobertores.

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