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A inadimplência das famílias endividadas pode crescer nos próximos meses. O alerta partiu da economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Marianne Hanson ao comentar, ontem, os dados da pesquisa "Endividamento e Inadimplência do Consumidor" de março, que ouviu 17,8 mil consumidores no país. O levantamento apurou um aumento na parcela de famílias endividadas entrevistadas que informaram não ter condições de pagar seus débitos, de 7,7% para 8,4%, de fevereiro para março. "Este é um indicador antecedente. Se esta parcela está subindo, pode ser que tenhamos um aumento no nível de inadimplência nos próximos meses", afirmou.

Na avaliação da especialista, o anúncio das medidas macroprudenciais pelo governo no fim do ano passado explica a dificuldade maior do brasileiro em pagar suas dívidas em março. Ela comentou que as decisões do governo ajudaram não somente a restringir a oferta de crédito, como também a diminuir os prazos de financiamentos. "Com isso, também houve uma piora, para o consumidor, nas modalidades de renegociação de dívidas a prazo", disse.

Para Marianne, o cenário de inadimplência no país só não conta com pioras mais significativas no momento devido à continuidade no cenário positivo no mercado de trabalho, que mantém boa oferta de abertura de vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desem­pregados (Caged). Ela lembrou que, no início do ano, o custo de vida do brasileiro aumentou devido ao avanço da inflação, o que diminuiu o poder aquisitivo do consumidor, bem como sua capacidade de quitar débitos.

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