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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou nesta segunda-feira (10) que propõe um corte de R$ 40 bilhões no orçamento federal deste ano. O governo já anunciou a intenção de fazer bloqueios no orçamento de 2011, assim como acontece em todos anos, mas ainda não confirmou o valor do contingenciamento.

Em 2010, o Ministério do Planejamento anunciou, em fevereiro, um corte inicial de R$ 21,8 bilhões no orçamento. Isso equivaleu, na ocasião, ao maior bloqueio de recursos de ambos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Neste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem sinalizado que o corte deve ser maior. O objetivo seria o de possibilitar uma trajetória mais suave para os juros, evitando que o BC tenha de elevar muito a taxa básica da economia brasileira, atualmente em 10,75% ao ao. O mercado acredita que os juros subirão para até 12,25% ao ano até o fim de 2011.

"A política fiscal expansionista dos últimos anos precisa ser revista. Caso esse caráter não seja alterado, o esforço da política monetária para conter um excesso de demanda que pressione a inflação será maior e irá comprometer o crescimento da economia", diz a CNI, por meio de nota.

A entidade lembrou que o Congresso Nacional elevou as estimativas de receitas para 2011, assim como de despesas, em mais de R$ 20 billhões em relação à proposta original do governo, o que exigiria um ajuste maior na peça orçamentária.

A CNI avalia ainda da após a política de "expansão fiscal" (aumento de gastos e desonerações de tributos), que foi "necessária para combater os efeitos" da crise internacional na economia brasileira, o momento é de reduzir o ritmo de crescimento dos gastos públicos para adequá-los ao crescimento da economia.

As estimativas de analistas é que a economia crescerá entre 4,5% e 5% neste ano, abaixo da previsão de mais de 7,5% de expansão esperada para 2010.

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