O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer menos este ano do que se imaginava no fim do ano passado, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade revisou nesta sexta-feira sua previsão de crescimento da economia deste ano para 3,5% ante a perspectiva anterior de 4,5%, divulgada em dezembro de 2010. Além disso, o PIB industrial deve crescer apenas 2,8% em 2011, ante estimativa anterior de 4,5%.
Da mesma forma, a CNI revisou para baixo a projeção de Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) de 13,5% para 9%. A previsão para o consumo das famílias passou de alta de 5,1% para aumento de 4,5%. No entanto, a previsão para a taxa de desemprego em 2011 seguiu em 6%.
Dentro desse cenário mais pessimista, a CNI também elevou a perspectiva para inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5% para 6%. Com isso, a Selic (taxa básica de juros da economia) esperada para o fim deste ano passou de 12,00% para 12,50% ao ano.
A CNI também estima que a taxa de câmbio média para 2011 deverá ser de R$ 1,63, ante R$ 1,70 previsto pela entidade em dezembro. Apesar do cenário, a CNI revisou para baixo a previsão para o déficit público nominal, de 3,20% para 3,05% do PIB, assim como a estimativa para a dívida pública líquida, de 40,4% para 39,9% do PIB. Além disso, a CNI estima que o superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida) alcançará 2,7% do PIB, em vez dos 2,2% como previsto anteriormente.
A entidade também corrigiu para cima a previsão para as exportações em 2011, de US$ 228 bilhões para US$ 250 bilhões, bem como para as importações, de US$ 224 bilhões para US$ 230 bilhões. Com isso, a estimativa de saldo comercial para 2011 saltou de US$ 4 bilhões para US$ 20 bilhões.
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