A Coamo Agroindustrial Cooperativa antecipa, a partir da próxima semana, a distribuição de parte dos lucros do exercício de 2010: R$ 25 milhões estarão disponível aos associados em todos os entrepostos da cooperativa no dia 15. O montante, referente à primeira parcelada das chamadas sobras líquidas, é 12% inferior ao valor antecipado no ano anterior. Em dezembro de 2009, a Coamo repassou aos seus cooperados R$ 28,5 milhões.
A retração, contudo, deve ser momentânea, afirma o presidente José Aroldo Gallassini. Segundo ele, a diferença deve diminuir após o repasse da segunda parcela das sobras aos cooperados, o que geralmente ocorre no primeiro trimestre do ano seguinte. "Essa primeira parcela é uma espécie de 13.º do produtor rural. Como é paga antes do encerramento do ano, a definição do valor a ser antecipado aos cooperados é feita com base em projeções de faturamento. No ano seguinte, com as contas fechadas, refazemos os cálculos", explica.
Sem citar números, Gallassini prevê que o faturamento da Coamo deverá ficar, em 2010, no mesmo patamar de 2009 (R$ 4,67 bilhões). Mas admite que as sobras podem recuar. "A movimentação de grãos foi maior. Mas, por outro lado, o preço dos insumos caiu, o que é muito bom para o produtor, mas afeta negativamente a receita da cooperativa", justifica. O dirigente acrescenta que a cooperativa concluiu em 2010 o plano de investimentos de R$ 200 milhões aprovado no fim de 2009, com aportes em armazenagem, na ampliação da capacidade de processamento de soja de uma de suas unidades e na frota de veículos.
No ano passado, a Coamo distribuiu R$ 289,6 milhões em sobras, mais do que o dobro do montante repassado aos cooperados no ano anterior em 2008 foram R$ 112 milhões. A título de comparação, o repasse de 2009 superou o orçamento anual da prefeitura de Campo Mourão, município sede da cooperativa, situação que deve se repetir neste ano. A Coamo informa que em 2010 terão direito ao benefício mais de 22 mil cooperados espalhados por 63 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O valor que cada produtor recebe varia de acordo com a sua movimentação (compras de insumos e entrega de grãos) individual ao longo do ano.
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