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Vendedora Elena Kaniaraki pedala para o trabalho: crise fez gregos deixarem carro de lado | Yorgos Karahalis/Reuters
Vendedora Elena Kaniaraki pedala para o trabalho: crise fez gregos deixarem carro de lado| Foto: Yorgos Karahalis/Reuters

Números

23,1% de desemprego foi a taxa registrada no mês de maio na Grécia, entre a população economicamente ativa do país. Em abril, a desocupação tinha ficado em 22,5%, com mais de 1 em cada 2 jovens sem trabalho, informou o Instituto de Estatísticas do país. Mais da metade (54,9%) dos jovens entre 15 e 24 anos não está estudando e quase um terço (31,6%) dos jovens entre 25 e 34 anos estava sem trabalho em maio.

A Grécia espera receber a próxima parcela de ajuda internacional imediatamente após os credores darem o veredicto final, em meados de setembro, sobre os avanços que o programa de resgate impôs como condição, afirmou nessa quinta-feira o vice-ministro das Finanças, Christos Staikouras. O país não está em dia com as metas do programa de resgate e pode ficar sem dinheiro dentro de semanas se não receber a próxima parcela da ajuda.

Para cobrir a falta de dinheiro deste mês e pagar um título do governo de 3,2 bilhões de euros que vence em agosto, a Grécia planeja emitir mais títulos do Tesouro e assim acessar até 4 bilhões de euros extras em fundos.

Staikouras disse à TV grega que inspetores da troika – União Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) – voltarão a Atenas no início de setembro e concluirão a análise até meados daquele mês. "Se o processo for concluído até 14 de setembro (...), a parcela, se a avaliação for positiva, como esperamos, virá imediatamente depois", disse Staikouras.

Questionado se espera que a parcela seja desembolsada até o fim de setembro, Staikouras respondeu: "Imediatamente depois significa que, se a avaliação for positiva, isso abrirá caminho para a próxima parcela."

Staikouras tem repetidamente alertado que as reservas de dinheiro da Grécia estão quase vazias e se pergunta como Atenas vai pagar salários do setor público, aposentadorias e outros gastos.

Demissão

O governo grego demitiu nesta ontem o diretor da produtora estatal de níquel, a Larco, por ele se recusar a reduzir os salários dos trabalhadores. É o primeiro chefe de companhia estatal a perder o emprego por se opor às medidas de corte de custos. O Ministério das Finanças declarou em um comunicado que foi pedido ao presidente e chefe-executivo da Larco, Anastasios Barakos, que renunciasse por ignorar a lei. "le não aplicou a legislação que exige a redução de salários por todo o setor público", afirmou o Ministério.

Barakos não foi localizado para comentar a demissão. A Larco é uma das maiores produtoras mundiais de níquel.

Autoridades do Ministério disseram que todas as corporações estatais foram informadas em 2011 de que deveriam reduzir a folha de pagamento em 35 por cento nos próximos dois anos, com 25 por cento no primeiro ano, em linha com as reduções nos serviços civis de base.

Eles disseram que Barakos respondeu que a companhia não deveria ser incluída na lei e se recusou a executar os cortes.

Companhias estatais normalmente pagam salários mais altos que o setor principal do Estado. Uma das metas da coalizão do governo para cumprir os compromissos com os credores internacionais é fechar, unificar ou privatizar essas companhias custosas.

Dados divulgados ontem apontam que a taxa de desemprego da Grécia escalou para um novo recorde em maio.

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