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Em alta

Volatilidade

Há tempos o mercado financeiro não experimentava uma semana como a que passou. Baixas na bolsa, câmbio disparando. As eleições trouxeram emoção.

Em baixa

Superávit

O governo federal maquiou o que pôde, mas não conseguiu esconder que o superávit primário ficou em apenas 10% da meta até agosto.

Não é exagero dizer que arrumar a economia deveria ser a primeira tarefa do novo governo, que começa a ser eleito neste domingo. Por isso mesmo, é curioso que o farto material para debate sobre a economia influencie pouco as eleições. O Brasil parece ter encontrado um equilíbrio econômico politicamente pragmático. Suas fraquezas não causam o tipo de dano irreversível à imagem dos governantes.

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A inflação é incômoda, controlada à base de doses de populismo e intervenção no câmbio, o crescimento é zero, e não há hoje grande negócio no país sem a "indução" estatal. Mesmo assim, a conquista do crescimento da renda na base da pirâmide social, combinada com o acesso crescente ao crédito, torna a situação até positiva para a qualidade de vida média no país. Por isso, não espero que saiam da economia os vetores de uma mudança política, ganhe quem ganhar.

Pode-se ver pelas pesquisas de opinião que o brasileiro, apesar de perceber o mau momento da economia, ainda é otimista em ralação ao futuro. Parecemos acostumados com os desequilíbrios estranhos provocados pela crescente intervenção estatal, com o ambiente de negócios avesso aos empreendedores e com o custo de se viver em uma economia fechada e pouco produtiva. Um ecossistema no qual a corrupção faz parte do plano de negócios de muitas empresas e que sustenta nosso modelo político. Criamos sem saber nossa própria forma de economia política: Estado inchado, controlado por um sistema político fisiológico e "indutor" da vida econômica do país.

Figueira

A Copel decidiu investir R$ 106 milhões na modernização da usina termelétrica de Figueira, que usa carvão mineral como combustível. Com isso, a energia que poderá ser vendida pela usina vai subir de 10,3 MW para 17,4 MW. O investimento é grande para uma usina tão pequena, mas tem uma explicação. As térmicas têm sido acionadas com cada vez mais frequência, e mesmo usinas pequenas são financeiramente viáveis. A tendência de longo prazo, na verdade, é aumentar a participação das térmicas na matriz energética brasileira.

Rumo a SC

A Transportadora Sulista está encontrando em Santa Catarina uma opção para acelerar seu crescimento. A empresa de logística, que tem sede em Curitiba, assinou recentemente dois contratos importantes com as indústrias catarinenses Tupy e Weg. Com isso, os negócios no estado vizinho devem responder por um terço do crescimento neste ano, estimado em 15%. A Sulista investiu R$ 2,5 milhões na renovação e ampliação da frota neste ano – chegando a 240 veículos.

Romera

A rede varejista Romera identificou uma nova tendência no consumidor da classe C. Em vez de procurar os produtos classificados como de "primeiro preço", mais simples e baratos, o consumidor vem pedindo itens mais sofisticados. Estão na lista artigos como o videogame Xbox, máquinas lava e seca, condicionadores de ar e até refrigeradores side by side. Com isso, a empresa decidiu mudar o que oferece nas lojas e dedicar mais espaço a produtos mais caros.

Normas

O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) levantou que foram publicadas no país quase 5 milhões de normas jurídicas em 26 anos desde a promulgação da Constituição. São mais de 700 normas por dia útil. Coisa de deixar qualquer cidadão sem entender o que pode ou não. Para as empresas, são dezenas de milhares de normas (6% delas são tributárias) que elevam a burocracia ou dificultam o próprio cumprimento das leis.

Busscar

A Justiça decretou na semana passada a falência da catarinense Busscar, que chegou a ser uma das maiores produtoras de carrocerias de ônibus do país. A estimativa é que a empresa tenha acumulado R$ 2 bilhões em dívidas, valor que inviabilizou o plano de recuperação judicial.

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