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Em baixa

PIB

Está cada vez mais forte a sensação de que 2015 será um ano de PIB negativo. As consequências da Lava Jato são piores do que se pensava e os cortes no orçamento do governo federal vão chegar aos investimentos.

Em alta

Déficit

O setor público teve um déficit de R$ 32,5 bilhões no ano passado, o maior da série iniciada em 2001. O governo federal teve déficit de R$ 17 bilhões e passou longe da promessa de superávit de R$ 10 bilhões feita pela antiga equipe econômica.

A crise no sistema de transporte de Curitiba não é só uma questão de caixa quebrado, tanto de prefeitura quanto do governo do estado, mas também de escolha de modelo de gestão. O que temos hoje é uma integração subsidiada, com gestão mal compartilhada e serviço prestado por mais de uma dezena de empresas.

Parecem óbvios os problemas desse modelo. O subsídio concorre com outras demandas sociais e hoje depende da boa vontade na negociação entre município e estado. O que nos leva ao segundo defeito, que é a gestão mal compartilhada, em que cada parte (Urbs e Comec) olha para um lado. E as duas instituições contam com dezenas de empresas que "rateiam" o serviço sem transparência.

Pode ser justo o subsídio, desde que seja instituído com critérios claros e com fontes de recursos. A conta deve ser feita para sustentar o sistema mais eficiente possível, o que demanda gestão de primeira linha. Instituições como Urbs e Comec parecem lentas e politizadas demais para fazerem uma alteração profunda na estrutura de custos do sistema de transporte. A profissão de cobrador, por exemplo, já foi extinta na maior parte das cidades do mundo. É raro também um sistema que não beneficie quem o utiliza diariamente. Há modelos em que anéis tarifários limitam o subsídio cruzado entre usuários. E uma consolidação do serviço em uma ou duas empresas daria ganho de escala e melhoraria a gestão do sistema.

O que limita o debate sobre o transporte em Curitiba é a escolha sobre quem vai pagar a conta. Pode ser o usuário, se o subsídio for retirado. O usuário com o governo, se ele for mantido. Os empresários, como diz uma proposta baseada em um modelo usado em poucas cidades europeias. Nenhuma das alternativas traz em si uma cidade melhor, com deslocamentos mais rápidos, baratos e menos poluentes, integrada com a região metropolitana e justa com os cidadãos que mais precisam do serviço.

Mais imposto

O governo federal aceitou negociar com as centrais sindicais mudanças no pacote de cortes nos benefícios trabalhistas. A tendência é a de que entregue alguma coisa. Em troca, a equipe econômica virá com novas medidas, incluindo mais impostos. Como a conta até agora para o sonhado superávit de 1,2% do PIB não havia fechado, essa alta se tornou praticamente inevitável. Por ora, o governo desconversa a respeito da correção da tabela do Imposto de Renda. Será que ela será mesmo corrigida?

China

O governo chinês declarou na semana passada que sua meta de crescimento deve ser de 7% em 2015. É o número mais baixo em 11 anos. A desaceleração do país asiático reforça a tese de que os emergentes mais ligados à China sofrerão mais neste ano de alta de juros nos Estados Unidos e queda nos preços das commodities. O Brasil está nessa condição.

BRDE

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) terminou 2014 como líder em financiamento à inovação nas linhas concedidas pelo BNDES. A instituição de fomento da Região Sul repassou R$ 208,3 milhões para 309 contratos das linhas MPME Inovadora e Inovagro. O Paraná foi o estado que mais recebeu recursos – foram R$ 114,8 milhões para 196 contratos. Além de liderar no repasse das linhas do BNDES, o BRDE é o maior repassador de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Em 2014, foram R$ 54,4 milhões para 22 projetos no Sul, sendo R$ 17 milhões no Paraná.

Conduspar

A joint venture entre a paranaense Conduspar e a indiana Sterlite viabilizou um investimento de R$ 30 milhões em uma fábrica de fibras óticas em São José dos Pinhais que começa a produzir agora. A meta da unidade é faturar R$ 80 milhões já no primeiro ano. A Sterlite Conduspar espera estar, em cinco anos, entre as três maiores do setor na América Latina. A fibra ótica vem da Índia e será cabeada no Paraná para depois ser vendida.

Dubai

Dez empresas com atuação no Paraná vão fazer parte da missão brasileira organizada pela Apex para a feira Gulfood, que será realizada em Dubai de 8 a 12 de fevereiro. Esse é o maior evento da área no Oriente Médio, região que é tradicional importadora de alimentos do Brasil. Entre os participantes paranaenses estão cooperativas, como a Copacol, indústrias de carnes, como BRF, e outras industrializadoras de alimentos, como a Vapza – empresa que, aliás, praticamente triplicou as exportações no ano passado e tem uma meta de crescimento de 35% para este ano.

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