Onde foram parar os jovens?

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A entrada de jovens no mercado de trabalho está caindo. Até certo ponto, o movimento era esperado, pois a queda nas taxas de natalidade e mortalidade fez crescer a proporção de adultos e velhos na população, ao mesmo tempo em que reduziu a participação de crianças e adolescentes. Uma das consequências desse movimento já é bem visível: com menos gente procurando trabalho, a taxa de desemprego tem se mantido baixa para os padrões brasileiros.

Acontece que a mão de obra jovem está rareando mais rápido do que se previa. Em apenas cinco anos, a fatia das pessoas com 18 e 24 anos na força de trabalho brasileira caiu de 17,1% para 14,1%, segundo o IBGE. Há duas vertentes principais para essa contração, que defendem teses opostas.

Um grupo de especialistas acredita que o fenômeno está ligado aos jovens "nem-nem", aqueles que não estudam, não trabalham e tampouco procuram emprego. Essa é a situação de 23,4% da população dessa faixa etária.

Outro grupo crê que o aumento da renda média das famílias têm dispensado muitos jovens de ajudar no orçamento da casa. Com isso, eles podem adiar a entrada no mercado de trabalho e permanecer mais tempo na sala de aula.

As duas hipóteses têm base em dados públicos. A questão é mesmo de interpretação. Difícil, por ora, saber qual vai prevalecer.

No papo

Uma boa conversa parece resolver tudo no Planalto. No começo da semana, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, avisou em entrevista ao jornal Valor que a meta do governo de reduzir o rombo do INSS para R$ 40 bilhões neste ano era irreal. No fim do mesmo dia, após um papo amigável com o pessoal do Ministério da Fazenda, ele se convenceu de que a meta é, sim, alcançável.

Na entrevista, Garibaldi Alves havia dito que o déficit de 2014 ficaria muito próximo ao do ano passado – algo na casa dos R$ 50 bilhões. Pelo sim, pelo não, fica para a Fazenda a sugestão de consultar o ministro da área antes de preparar o Orçamento.

Debutante

A reestruturação da Inepar completa 15 anos em 2014. Um tempo em que não foi fácil encontrar a empresa no noticiário positivo. O nome dela apareceu mais associado a dívidas milionárias, queixas de acionistas minoritários, multas da CVM e um aparentemente infinito entra-e-sai em negócios.

A Inepar nasceu em Curitiba, mas hoje suas principais atividades estão em outros estados. O rolo da vez é no Rio Grande do Sul. A subsidiária Iesa Óleo e Gás, que estava construindo equipamentos para seis plataformas da Petrobras, está devendo para fornecedores e funcionários.

"Não podemos transformar [o preço da] energia em tomate, que quando tem seca, sobe. Vimos uma forma de evitar flutuação de preços, através de mecanismos de mercado."

Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, explicando a solução encontrada pelo governo para adiar reajustes na tarifa de energia elétrica.

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