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Em alta

Competição

O governo vai liberar os investimentos privados em novos aeroportos. Competição é bem-vinda.

Em baixa

Indústria

Em abril, a produção industrial caiu 5,8% em comparação com o mesmo mês ano anterior.

Atravessamos uma crise de confiança que vai da indústria ao consumidor e arranha feio a imagem do governo Dilma. É estranho pensar que a confiança está baixa a poucos dias do início da Copa, mas economia pouco tem a ver com futebol – fora o fato de ser ele um grande negócio para poucos.

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A confiança é o fator intangível mais importante da economia. Ela é alta quando existe uma perspectiva clara de futuro e a crença de que apostas feitas hoje trarão resultado depois. Também tende a cresce quando há por perto uma liderança inspiradora, capaz de mostrar que o país pode superar seus problemas e entregar uma vida melhor para todos. A confiança dá sustentação à vontade de investir, à aposta na educação como porta de entrada para um emprego melhor, ou à dedicação para inovar.

No Brasil, no entanto, chegamos ao ponto em que a falta de confiança pode ser considerada boa. É com ela que o Banco Central conta para segurar a inflação sem elevar mais os juros. O raciocínio faz sentido para a política inflacionária, só que não existiria em uma economia saudável.

A aposta de que o desânimo faz parte da solução é a prova final de que os últimos quatro anos foram perdidos com estímulos errados e com a protelação de reformas. O crédito do BNDES não aumentou o investimento, o gasto do governo não fez a economia crescer, o relaxamento da inflação não trouxe mais produção e a política industrial não gerou mais empregos. Neste momento, faz falta uma liderança capaz de provar que está fazendo a coisa certa e de que essa sensação de que há algo de errado na economia vai passar logo.

Amor não muito caro

As datas festivas deste ano têm sido frustrantes para o varejo, que vinha de anos de crescimento forte. Para o Dia dos Namorados, a expectativa continua ruim. Pesquisa da ACP/Datacenso mostra que 65% dos comerciantes esperam vender menos ou o mesmo que no ano passado. Não há dúvidas de que o pessimismo atingiu o consumo.

Ano dos descontentes

Essa sensação de que as coisas não andam bem foi captada pela Pew Research: 72% dos brasileiros dizem estar insatisfeitos com o jeito como as coisas estão. E a inflação entrou no topo das preocupações no país – 85% dizem que esse é um problema muito grande. A percepção da economia degringolou, e hoje 67% das pessoas dizem que a situação econômica é ruim, contra 41% há um ano.

Tudo calmo

Escaldadas, autoridades do Fed, o banco central dos Estados Unidos, vêm demonstrando preocupação com a calmaria nos mercados financeiros por lá. As bolsas sobem bem desde o ano passado e o apetite por negócios mais arriscados cresce. O discurso do Fed é um sinal de que a autoridade monetária já está com o plano de elevação de juros pronto para entrar em cena. Será um momento interessante, lá em 2015.

Copa no banco

Analistas do banco de investimentos Goldman Sachs escreveram um relatório com suas previsões para a Copa do Mundo. Eles consideram que o Brasil tem 48,5% de chances de ser campeão. O modelo criado pelo banco dá bastante peso para o "fator casa", além da performance recente do time, que ganhou a Copa das Confederações. Em seguida, vem a Argentina, com 14,1% de chances. A aposta do banco é uma final entre os dois países.

A previsão não é só para o futebol. Segundo o Goldman, a bolsa de valores no país vencedor tende a subir nas semanas após o fim da Copa. O mesmo ocorre no país que recebe o torneio. Se o Brasil ganhar, portanto, há boas chances de o mercado financeiro melhorar de humor. Isso se as eleições não atrapalharem.

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