• Carregando...

Com os passar dos anos, Aluísio tornou-se um profissional ágil e competente, capaz de produzir resultados positivos e de solucionar problemas. No entanto, sua evolução ocorreu aos poucos, sem aviso, e o próprio Aluísio não se deu conta de seu crescimento profissional e pessoal. Sua visão sobre si mesmo era a de uma pessoa comum, que trabalhava com empenho, mas que não se destacava na multidão.

E, embora essa percepção fosse errada, Aluísio acreditava nela e deixava de aproveitar algumas oportunidades que lhe surgiam pelo caminho. Certa vez, quando foi avisado de uma substituição interna na empresa onde atuava e de uma possível chance de crescimento, ele deixou de candidatar-se para a vaga. Mesmo sendo ele, reconhecidamente, o melhor candidato a ocupar o cargo, não se achou apto a exercer tal função.

Então, quando a promoção foi dada a outro colega da empresa, o chefe de Aluísio lhe questionou se ele não tinha vontade de crescer na carreira, uma vez que jamais se posicionava a respeito. O profissional, então, lhe confessou que tinha muita vontade e esforçava-se para isso, mas não acreditava que estava num patamar ideal para assumir determinadas atribuições, ou que talvez deixasse a desejar se assumisse mais responsabilidades.

Mas ele não percebia que, no seu dia-a-dia, ele já assumia diversas funções, tanto suas quanto as de sua equipe e, na maioria das vezes, saísse muito melhor do que o esperado.

Seu desempenho era elogiado pelos seus chefes, mas isso não era o bastante para convencer Aluísio de que ele era, de fato, um profissional competente. Sua alto-estima era inexistente e ele se via como um trabalhador mediano, com muitas qualidades, mas com ainda mais pontos a melhorar. Sua extrema autocrítica minava suas chances de crescimento, pois ele não se expunha para nada e jamais apostava em seu potencial.

Então, na ocasião em que seu superior lhe abordou para questionar suas intenções na organização, ele percebeu que sua falta de confiança o estava arruinando. Com essa constatação, Aluísio decidiu mudar sua atitude e procurou um terapeuta para descobrir o que estava acontecendo com sua auto-estima.

Após algumas sessões, ele percebeu que tinha medo da rejeição e, por isso, evitava se expor para que nunca precisasse ouvir um "não".

Essa percepção sobre sua personalidade o fez tomar coragem e ele começou a se perceber diferente, com mais atitude e coragem. Assim, ao olhar novamente seu posicionamento na empresa e seu desempenho, Aluísio percebeu que ele era, ao contrário do que sempre imaginou, um ótimo profissional. Sua competência estava acima da média e seus atributos eram reconhecidos por toda a equipe.

O processo de autoconhecimento o fez ver que ele era valorizado pela organização e que, se ainda não havia sido promovido, era por sua própria decisão, ou por falta de atitude.

Com esta informação importante, ele decidiu se mostrar mais para seus superiores e apostou em uma vaga como gerente. Após comunicar aos seus chefes que tinha interesse em assumir tal posição, foi agraciado com o cargo, por mérito e competência.

Aluísio, hoje, está em um patamar muito acima do obtido durante toda a sua carreira. Seu salto profissional se deu após o auto-exame e, agora, ele acumula outras três promoções, todas por ter seu talento apreciado e reconhecido.

**************

É difícil ter a noção exata de nossas qualidades e defeitos. Mesmo quando solicitamos um feedback sobre nossas atitudes e desempenho, podemos facilmente nos enganar com as respostas e acreditar em algo diferente da realidade. O caso mais comum, entre os profissionais, é acreditar-se melhor do que de fato é, ou seja, pensam serem insubstituíveis. Mas, em alguns casos, o profissional se vê pior do que é, e não cresce devido à falta de auto-estima, não por falta de competência. Por isso a auto-análise e o feedback são importantes para a construção de uma carreira de sucesso. Todos os profissionais precisam de parâmetros reais para poder comparar e melhorar. Mas não podem esquecer do seu real valor e de reconhecer suas verdadeiras qualidades.

* * * * * *

SAIBA MAIS...Capacitação profissional para adolescentes

A Fundação CDL desenvolve, desde 2004, o projeto "Filhos do Coração" em abrigos de Belo Horizonte (MG). O objetivo é reduzir a permanência de crianças e adolescentes nas instituições, valorizando a convivência familiar e comunitária. A partir de pesquisas realizadas nos abrigos em 2005, percebeu-se a necessidade de implantar ações de formação humana, bem como de qualificação profissional, permitindo aos adolescentes a inserção no mercado de trabalho de forma adequada.

Neste ano, o projeto foi dividido em duas fases: a primeira beneficiou 84 adolescentes, que tiveram contato com atividades práticas e teóricas por meio de textos, dinâmicas, vídeos e músicas. Nessa etapa, o objetivo foi ampliar o repertório cultural e desenvolver a consciência das diferentes potencialidades de expressão, comunicação e convívio social.

A segunda fase atendeu 62 adolescentes, com idades entre 11 e 18 anos, que participaram de oficinas culturais e profissionalizantes com perspectivas de serem encaminhados para o mercado de trabalho.

***************

Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato:Bekup Comunicação, tel: (41)3352-0110.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]