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Os louros não vêm de um dia para o outro e as cobranças são muitas. Mas não é impossível iniciar e ter sucesso em algo a que nos dedicamos. Assim, espero, com esse artigo, incentivar muitos jovens que, hoje, se encontram desmotivados para iniciar suas profissões e ingressar no mercado de trabalho.

Flávio formou-se em Relações Públicas recentemente e ainda questiona se a escolha da profissão foi acertada para ele. O jovem acredita que não conseguirá uma boa colocação, pois percebe que, à sua volta, todos os colegas ou estão desempregados ou atuando em áreas diferentes, quando não se encontram em funções pouco valorizadas. Assim, ele se pergunta se, caso tivesse optado por outra carreira, seria melhor sucedido.

Flávio concluiu sua graduação com boas notas e desempenho positivo. Participou de cursos na área de relações públicas, fez diversos estágios e desenvolveu excelentes trabalhos. Mesmo assim, nunca foi efetivado pelas empresas por onde passou e jamais sentiu que teria oportunidade para crescer em nenhuma delas.

Pensou, algumas vezes, em abandonar o curso, para que tivesse mais oportunidades em outras áreas. No entanto, sempre gostou das atividades envolvidas na profissão e é, até hoje, um apaixonado por pessoas e pela comunicação. Então, manteve-se confiante até o dia da formatura, quando percebeu que estava formado e não possuía emprego.

Agora, com o diploma sob o braço fica mais difícil encontrar uma colocação, pois a maioria das organizações têm preferência por contratar estagiários e, só depois de inseri-los na cultura da empresa, contratá-los.

Assim, Flávio tem consciência de que terá dificuldades para ser recolocado e perdeu sua motivação. Deixou de enviar currículos após ter sido descartado de duas seleções para trainee e não fez outras tentativas.

Agora, repensa sua carreira e sua trajetória. Faz cálculos para saber se ainda estará atraente para o mercado se concluir outra faculdade. Mas desiste do tema quando percebe que precisa trabalhar, começar a ganhar dinheiro.

Então, desanima novamente e não sabe a quem recorrer, pois seus ex-colegas de classe estão em situação semelhante: desmotivados e desvalorizados pelo mercado.

Flávio pergunta muito aos seus pais como eles conseguiram construir suas carreiras e amealhar bens, criar uma família e prosperar. Eles lhe explicam que, na sua época, era diferente e que agora a situação do país é outra, a concorrência é maior, etc. Mas ele não se conforma com essa explicação, pois sempre se preparou para o mercado, seja investindo em cursos de aprimoramento, em idiomas, em bons relacionamentos. Mas isso tudo não lhe bastou para ingressar em uma empresa e iniciar uma carreira promissora.

O que deu errado ele não sabe responder e ainda se pergunta se a profissão seria fator determinante para a sua situação de inércia.

No momento, ele continua desempregado e, para não passar o dia à toa, ajuda a mãe nas funções domésticas e lê muito sobre a sua área. Flávio tem esperança em conseguir algo, mas não move montanhas para isso.

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A falta de perspectivas de crescimento está abalando a moral dos jovens profissionais, que saem das universidades sem saber qual caminho seguir. A maioria se preparou para ingressar no mercado, mas não conseguiu uma colocação à altura de suas expectativas. Então, os jovens deixaram de se esforçar, de "matar um leão por dia", como faziam os seus pais. Eles conseguiram a formação acadêmica e esqueceram de desenvolver habilidades como a força de vontade e a perseverança. Deixaram de procurar em si as razões para o sucesso ou fracasso e, ao invés disso, encontram culpados externos como a opção do curso, a conjuntura econômica, a má vontade do empresariado, entre outros. A verdade é que sempre haverá espaço para os bons profissionais e que o início de tudo é sempre difícil, mas, quando planejado e suado, bons frutos são colhidos ao final da trajetória.

Saiba mais

Fotografia Solidária

Em comemoração ao Dia Mundial da Fotografia PinHole, que acontece dia 29, a ONG Rotaract realiza, em parceria com as Faculdades e o Colégio Sion, uma oficina de fotografia para crianças carentes.

Aproximadamente 50 voluntários do colégio e da ONG irão ensinar para jovens de 8 a 16 anos a técnica PinHole, que utiliza, normalmente, latinhas como câmara fotográfica. Todas as crianças participantes moram em áreas de risco da cidade de Curitiba e fazem parte de instituições sociais que valorizam a arte como forma de fugir da criminalidade e da violência.

O objetivo da oficina é transmitir a técnica fotográfica PinHole para que os jovens possam dar continuidade ao projeto nas instituições de que fazem parte. A iniciativa conta ainda com a doação do material necessário para a produção das fotografias por três meses. A oficina será realizada dia 29 na sede Batel do Colégio Sion e no final do dia as crianças irão tirar fotos de três pontos turísticos da cidade.

Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato:Bekup Comunicação, tel: (41) 3352-0110.

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