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Hoje é provavelmente o dia mais importante do cristianismo, o dia da ressurreição de Cristo. O momento em que a vida venceu a morte. Jesus chega a etapa final de sua missão na terra dando o exemplo pessoal no seu martírio.

Depois de sacrificado, ressurge entre os que amava e mostra que é possível realizar através da fé o milagre da vida eterna. Dois mil anos se passaram, as palavras de Cristo jamais foram superadas ou perderam a força. Rodamos a evolução científica, a tecnologia tomou conta do nosso cotidiano, o fantástico telescópio Hubble percorre os limites do universo sem fim e voltamos sempre ao princípio do inexplicável trajeto do ser humano. A Páscoa virou fenômeno de massas. Confundiram a paixão de Cristo, com a parte final dos acontecimentos, a comemoração sem o raciocínio do exemplo definitivo, o drama eterno. É assim, no mundo comercial globalizado, que torna o Natal um motivo de compras e festejos dispersivos. Nosso próprio aniversário, que deveria ser mais uma reflexão sobre a vida que levamos, vira uma festa entre amigos, parentes e presentes.

A instantaneidade virou uma câmera digital com milhares de fotos, num mosaico sem fim da nossa curtíssima existência. Pois bem, proponho uma reflexão generalizada hoje, às seis horas da tarde, no cair do sol, como queira o poeta solitário em seus versos magníficos. Imagine-se nascido no Afeganistão, ao lado de uma montanha gelada, sem uma árvore e com milhões de pedras soltas no seu caminho. Percorra o deserto buscando água e sombra, tendo como companheiro sol forte de dia e o vento frio à noite. Aí sim você e eu pensaremos melhor sobre o milagre da vida, paixão, morte e ressurreição. Com chocolates, vinho e bacalhau não é possível, muito menos provável aprofundar qualquer tipo de pensamento sobre nossa existência.

Aproveito para saudar os irmãos em Cristo que estão por estes milhares de cantos de um Brasil rico e pobre ao mesmo tempo, sofrido e banalizado pelas suas elites dirigentes, triste e esperançoso; dizendo que nada é impossível neste mundo incompreendido, que talvez um dia venha conosco o Salvador, caminhando sobre as águas da nossa imensa costa e benzendo os que se aproximarem. Uma Feliz Páscoa, a você que está lendo esta página que já foi branca como nossa vida no início. Meus votos de reflexão, de sonhos realizáveis e de grande aumento no seu potencial inesgotável de fé e amor ao próximo. São os desejos de um católico apostólico romano, ecumênico e fraterno. Amém.

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