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Abro os jornais e vejo que temos uma das melhores saúdes públicas do mundo. Frase literal do presidente Lula: "Estamos à beira da perfeição em saúde pública".

Cheguei à conclusão que nosso presidente anda inaugurando tanta pedra fundamental que não pode assistir ao Jornal Nacional e ver as filas do INSS, horas esperando para uma resposta negativa, não é aqui. Ou uma centena de dias à espera de uma cirurgia que não chega nunca. Ou ele não viu as filas nos corredores dos hospitais com pacientes deitados nas macas, em condições subumanas, recebendo soro sem condições de higiene. Esqueceu os 50 milhões de miseráveis (dados do IBGE) que vivem em condições abaixo da linha de pobreza. Será que eles têm acesso à medicina gratuita? Há um hospital normal que funcione? Subitamente me imaginei em Uganda, não na Suécia.

Atingimos a auto-suficiência em petróleo comemorada pelo PT com estardalhaço. Parece até que era o grande Getúlio Vargas e as personalidades brasileiras que lutaram pelo monopólio do petróleo que pertence ao nosso povo. A Petrobrás é uma longa história de batalhas e não um instante numérico que coincidiu com seu governo. Devagar com o andor presidente, não subestime nossa história. Então pensei que estava na Noruega e os lucros do petróleo eram divididos com a população, em um país justo e equânime socialmente. Aqui só o Silvinho, Marcos Valério, o famoso Delúbio Soares levam vantagens na 21.ª empresa do mundo. Vejam a colocação, a 21.ª empresa mundial não foi construída ontem no governo do PT. E por falar em PT, até o dr. Palocci foi indiciado pela polícia e Ministério Público, coisa que já se sabia antes mesmo das eleições. E o dr. José Dirceu freta jatinho em nome da firma que não existe e vai visitar o Forest Itamar Gump. Para que, não sei. Só sei que Lula abandona os amigos quando a situação fica difícil e transparente, pula fora do barco como se não tivesse na pescaria.

Continuando o discurso. "Temos uma maravilhosa malha rodoviária" feita com os tapa-buracos de emergência. Senti-me na Suíça passeando em estradas maravilhosas e entrei na Alemanha com seis pistas à disposição do meu carro brasileiro que paga 45% de impostos para o governo, antes de chegar nas minhas mãos. Presidente, a dívida interna ultrapassou um trilhão de reais e o Brasil cresceu apenas 2,30% sem descontar a população que aumentou 1,7% num ano de bonança mundial. Agora entramos na Dinamarca, tamanha a euforia que toma conta do Palácio e dos discursos de campanha. Parando o delírio, vamos a fatos concretos. A Petrobrás (nós) investiu mais de um bilhão de dólares num gasoduto que nos liga a Bolívia. O novo presidente Evo Morales, saudado por Lula entusiasticamente e pelo novo Simon Bolívar, Hugo Chávez, quer encampar a obra e cortar o gás. Reação nenhuma do governo pseudo-esquerdista brasileiro. Falta pulso e decisão, sobram discursos e delírios da grandeza ao presidente de palanque. Os juros continuam os maiores do mundo, o nível de empregos estagnou, as indústrias perdem terreno internacional, a agricultura está sem crédito, o MST invade e destrói o laboratório e fazenda da Suzano. E os homens do presidente são indiciados criminalmente. Acho que acordei na Disneylândia, ao lado da Alice no País das Maravilhas.

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