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Alguns filmes antigos de suspense incluem o surgimento de documentos secretos, muitas vezes trazidos a público por advogados ou então guardados em cofres, cujo conteúdo começa com a frase "Se algum dia eu lhe faltar..." É a senha para o aparecimento de alguma informação surpreendente, um segredo guardado por décadas, uma fortuna oculta. Ou coisa parecida.

Na vida real, cenas como essa raramente acontecem – embora devessem, para dizer a verdade. Isso porque é bastante comum que, com a morte de uma pessoa, outros membros da família tenham grandes problemas para resolver questões básicas do dia a dia. Onde estão guardados os documentos da casa? E as últimas declarações do Imposto de Renda? Quais são as senhas do banco?

Uma conversa com um conhecido que atua no ramo de seguros derivou, dia desses, para esse tema funesto. Ele observou que é comum, inclusive, cônjuge e filhos não saberem que o pai ou a mãe tem um seguro de vida. Ou, se sabem, não conhecem informações básicas, como o nome da seguradora ou o número da apólice, o que torna mais complicado o processo de reclamar uma indenização.

Para resolver isso, não é necessário nenhum recurso cinematográfico. Basta ter uma pasta ou envelope, bem guardado e sempre atualizado, com as informações mais importantes. É a "pasta da morte", como alguns apelidam. Você não precisa dar a ela um nome macabro como esse, mas a ideia é boa, vamos admitir.

Você está seguro?

Mesmo em um país tão dinâmico em termos de crescimento econômico, poucos setores aumentaram tanto de tamanho quanto o de seguros. De 2001 a 2012, as receitas anuais do setor cresceram 434%. O segmento de seguros de pessoas (que inclui apólices que protegem gente, e não patrimônio; estão nessa faixa os seguros de vida e acidentes pessoais e o VGBL, que também é um produto de previdência) arrecadou R$ 5,2 bilhões em 2001. No ano passado, atingiu R$ 81,3 bilhões – um crescimento de incríveis 1.461%. De janeiro a setembro deste ano, os seguros de pessoas já arrecadaram R$ 62,8 bilhões, valor 10% superior ao mesmo período do ano passado.

Sinal de que as pessoas não estão mais achando que falar de seguro dá azar, como muitos pensavam antigamente.

Sobre os preços

Alguns dados sobre preços em Curitiba que constam no levantamento do IPCA, divulgado pelo IBGE na quinta-feira passada:

• o preço das flores ("flores naturais", segundo consta nas tabelas do instituto) subiu 22,6% nos últimos 12 meses. O porcentual é o triplo daquele registrado em São Paulo, que tem a segunda maior alta;

• o conserto de refrigeradores é um serviço que foi deflacionário em quatro das dez capitais onde tem seu preço pesquisado, nos últimos 12 meses. Em Curitiba, teve alta de 20,5%;

• a alta da categoria "roupa infantil" na capital paranaense nos últimos 12 meses equivale a mais do que o dobro da média nacional (15,2% contra 6,9%);

• estudar anda caro por aqui. A categoria "Cursos diversos", que inclui cursos preparatórios, técnicos, de línguas, de informática e atividades físicas (academia) subiu 14,2% desde outubro do ano passado. De novo, liderança nacional incontestável.

Obviamente, não dá para agrupar essas altas debaixo de uma única explicação. Mas, em geral, é possível perceber que muitos itens considerados supérfluos subiram por aqui em porcentuais maiores que no restante do país.

E você?

Sente-se seguro porque tem seguro? Mande seu comentário ou dúvida para financaspessoais@gazetadopovo.com.br

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