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Vistas em conjunto, as iniciativas do governo de reduzir os juros e incentivar alguns setores industriais configuram uma dupla tentativa de chutar para o alto um PIB que entrou em trajetória descendente.

O Brasil precisa muito de crescimento econômico. Há ainda no país algo como 16 milhões de pessoas vivendo num estado que o IBGE classifica como de "pobreza extrema" – ou seja, com uma renda per capita que não passa de R$ 70 mensais. A leitura do governo é que o crescimento pode ajudar a amenizar essa distorção.

Essa ênfase lembra um pouco algo que já foi visto no passado: a discussão sobre "fazer o bolo crescer para então dividir", uma frase comum nos debates sobre desigualdade social e econômica nos anos 70/80. Naquela época, o país passou de um surto de crescimento tão grande quanto o atual para duas décadas de pasmaceira.

A geração que está no poder hoje não deve esquecer esse exemplo do passado. Não podemos correr o risco de repeti-lo.

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