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 | Mauro Campos
| Foto: Mauro Campos

Quem tem negócios próprios costuma temer fraudes de empregados e de sócios. No Brasil, então, isso é muito freqüente. Mas não pense que é exclusividade nossa. Nos Estados Unidos, há muitos estudos sobre fraudes e até cursos universitários que ensinam métodos de prevenção.

Uma pesquisa da Association of Certified Fraud Examiners chegou a interessantes conclusões. Nos Estados Unidos, entre os casos detectados, encontraram-se rombos médios de 62 mil dólares praticados por empregados comuns. Por gerentes, a média de desvios sobe para 140 mil dólares. No caso de sócios, os rombos são bem maiores: 900 mil. Quanto maior o poder na organização, maior é a dimensão do roubo.

Fraudes geradas por um único funcionário são mais freqüentes. No entanto, quando há uma conspiração, os rombos assumem dimensões muito grandes. Foram 67 mil dólares em fraudes individuais e 450 mil dólares, em média, em fraudes envolvendo mais de dois funcionários.

Quem rouba mais? Mulheres ou homens? Segundo a mesma pesquisa, mulheres são um pouco mais confiáveis. Em 2004, 52,9% dos casos de fraudes envolviam homens e 47,1% deles tiveram participação de mulheres. Homens desviaram em média 160 mil dólares, enquanto mulheres geraram prejuízos bem menores: 60 mil dólares.

Uma pesquisa publicada no International Accounting revela que o país com mais auditores por habitantes é a Nova Zelândia. Eles têm 550 auditores para cada 100 mil habitantes. São seguidos por Austrália, Inglaterra e Canadá. Segundo a mesma pesquisa, o Brasil tem apenas um auditor para cada 100 mil habitantes – não é coincidência que apareça entre os países com mais corrupção no mundo, enquanto aqueles outros são apontados entre os menos corruptos. A diferença é nítida. Lá há muito mais fiscalização, dentro e fora das empresas.

Mais importante do que o nível cultural ou salarial, o que realmente evita que um funcionário ou um sócio roube uma empresa são os controles internos e auditorias. Eles precisam ser monitorados. Precisam saber que, uma vez pegos com a mão na massa, terão carreiras profissionais arrasadas e, por que não dizer, carregarão um belo processo criminal.

Quem tem um negócio de pequeno ou médio porte também precisa pensar em revisar seus processos, simplificá-los, e contratar auditores independentes para examinar os procedimentos. Não é à toa que os bancos investem tanto em sistemas de controle. E olhe que eles alugam um produto muito visado: dinheiro. Mesmo assim, conseguem manter baixos os índices de fraudes internas. Isso pode fazer toda a diferença entre uma empresa de sucesso e outra que vai quebrar por causa de um desfalque.

O leitor pergunta:

O que devo fazer com uma herança, em dinheiro, recebida de meu falecido marido? Poupança, ações ou imóveis? Tenho 73 anos.

Prefira aplicações em renda fixa: CDBs de bancos de primeira linha, fundos DI com taxas de administração inferiores a 2% ao ano ou papéis do Tesouro Direto com prazos inferiores a cinco anos.

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