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Pontos-chave

• A sondagem de investimentos do IBRE/FGV trouxe a novidade de abordar os setores de serviço, comércio e construção, além do tradicional setor industrial.

• Houve uma piora no ambiente de negócios durante esse ano, em comparação ao ano passado, segundo a sondagem de investimentos.

• Para 2015 aumentou a proporção de empresas que declararam que irão diminuir seus investimentos, comparado ao das que declararam que irão aumentar.

A Gazeta do Povo informou na véspera de Natal como andava o movimento do comércio. As declarações de comerciantes e o que se observava nas ruas e shoppings de Curitiba eram um reflexo daquilo que foi a economia durante todo o ano, algo decepcionante. Isso confirma o que falamos há algumas semanas, quando abordamos aqui os índices de confiança do consumidor e do comércio (ICC e ICOM respectivamente), apurados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE / FGV). Esses índices apontam um ambiente de apreensão para os próximos meses.

O mesmo IBRE / FGV liberou as informações sobre a Sondagem de Investimentos referentes a esse quarto trimestre de 2014, com referência ao comparativo com o ano anterior, e também com as expectativas para o próximo ano. Dessa vez, a sondagem trouxe a novidade de abordar os setores de serviço, comércio e construção, além do tradicional setor industrial. Foram abordadas ao todo 3.866 empresas ao longo dos meses de outubro e novembro.

Como foi?

Houve uma piora no ambiente de negócios durante esse ano, em comparação ao ano passado. Essa é a avaliação do saldo entre as empresas que declararam aumento nos investimentos, contra aquelas que declararam diminuição. Todos os setores abordados tiveram saldos piores que no ano anterior, o que indica uma diminuição substancial na proporção de empresas que declararam ter aumentado os investimentos contra aquelas que diminuíram. O setor da construção, por exemplo, atingiu um saldo de apenas 2 pontos porcentuais, já a beira de um saldo negativo, seguido pela indústria com saldo de 7 pontos porcentuais. Serviço e comércio tiveram saldos de 21 e 30 pontos respectivamente, que, apesar de maiores, estão muito abaixo daqueles observados em 2013, que foram de 31 e 43 pontos.

Como será o amanhã? Responda quem puder!

O próximo ano bate à porta cercado de incertezas sobre a estabilidade política e econômica do país. As previsões sobre os investimentos em relação a 2014 também apontam queda nos saldos de todos os setores abordados. Isso significa que aumentou a proporção de empresas que declararam que irão diminuir seus investimentos, comparado ao das que declararam que irão aumentar. O setor de construção apresenta saldo de 13 pontos porcentuais contra os 34 pontos observados em 2014. A indústria apresenta saldo de 23 pontos, o setor de serviços 37 e o comércio 44, contra respectivamente 28, 41 e 60 pontos observados para 2014.

Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.

Como trabalhadores, executivos e empresários, todos necessitamos estar atentos aos próximos movimentos, exercendo influência de opinião pública para conter o ambiente de deterioração que ronda nosso país. A impossibilidade de cumprir a meta de superávit primário especificada na Lei de Diretrizes Orçamentárias já é um forte sinal dos grandes desafios que se apresentam ao novo mandato do governo federal, que prometeu mudanças durante a campanha eleitoral. E que venham as prometidas mudanças, apontando em outra direção, que nos livre do lugar comum onde se encontram nossos vizinhos argentinos e venezuelanos. E viva a democracia!

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