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Hoje conversarei com você a respeito de um serviço pouco divulgado e utilizado pelas empresas: o Assessment. Ele também é conhecido como Avaliação de Potencial ou Avaliação de Perfil e é empregado para mensurar tanto as competências técnicas quanto comportamentais dos profissionais. Para deixar tudo mais claro, contarei-lhes um caso real em que o serviço foi utilizado e o resultado prático obtido.

Ronaldo iniciou sua carreira aos 18 anos em uma empresa multinacional americana, ainda como estagiário. Aos 38, quando completou 20 anos na empresa, já ocupava o cargo de Diretor de Logística e tinha um salário digno para sua posição. De acordo com a hierarquia da empresa, Ronaldo só estava abaixo do Diretor-Geral e do Presidente Nacional.

O Presidente já estava beirando os 60 anos de idade, e para determinar o seu sucessor, a empresa deu início a um mapeamento, a fim de avaliar o potencial de alguns funcionários candidatos à sucessão. Para obterem um estudo aprofundado e avaliarem com imparcialidade quem seria o profissional mais indicado para o cargo, a empresa contratou o serviço de Assessment ofertado por uma consultoria de recursos humanos.

Foi elaborada uma avaliação que considerava as políticas, cultura e individualidades da empresa cliente, além de uma lista que apontava todas as qualidades necessárias para que o próximo sentasse no banco da presidência da companhia.

O processo consiste em uma avaliação minuciosa dos colaboradores assessorados e permite avaliar com eficiência as competências e o potencial de cada um, assim como os talentos, as principais características de sua personalidade e comportamentos. Os relatórios, quando prontos, mostram os pontos fortes, para investimento, e pontos fracos, para desenvolvimento. Em suma, é um serviço altamente personalizado que visa gerar melhores resultados ao profissional e empresa.

Como a multinacional estava interessada em proporcionar uma seleção com métricas igualitárias, justa, sem distinções ou preferências entre os candidatos, o programa de Assessment foi o método mais indicado.

Dentre os avaliados, Ronaldo se destacou entre os demais diretores e apresentou o perfil mais aderente às necessidades do cargo, tanto por sua vasta experiência e conhecimento da empresa, quanto pela aptidão técnica agregada à sua função. Ele, entretanto, apresentou características comportamentais um pouco diferentes do requisitado. Com base nas constatações do relatório, um programa de desenvolvimento foi criado para suprir estas necessidades e para prepará-lo com eficácia para o cargo.

Como possuía um considerável tempo de casa, Ronaldo vivia apenas o contexto da empresa, e centralizou todos os seus conhecimentos para aqueles procedimentos, para aquela rotina. Desse modo, perdeu a visão de mercado e do cenário que envolvia os negócios de modo geral. Hoje, é necessário que o profissional tenha uma visão sistêmica. As empresas pedem isso cada vez mais para as posições de gestão.

Com o mapeamento, Ronaldo viu que já possuía know-how técnico suficiente, mas que para exercer um cargo de gestão suprema como este, precisava desenvolver características que ele optou por deixar de lado com o tempo. Com base no relatório apresentado e na devolutiva realizada pela consultoria de recursos humanos, foi traçado um plano de ação. Ele foi instigado a comparecer a eventos, realizar cursos de oratória e de liderança, além de se envolver com outros grupos de profissionais fora da empresa que discutiam assuntos relacionados ao seu segmento.

Depois de dois anos de treinamento e preparo, Ronaldo foi convidado a suceder o presidente e a tornar-se o maior executivo da empresa.

Nesse caso, a empresa abriu um processo seletivo interno baseado nos bons profissionais que possuía e, após constatar que tinham um profissional com o potencial desejado (de tornar-se o novo presidente), promoveu o desenvolvimento de maneira direcionada e eficaz – ou seja, apenas baseado nas debilidades do perfil mapeado.

Por fim, o Assessment possibilita o correto aproveitamento dos profissionais, a criação de equipes compatíveis, a revelação de talentos até então inexplorados e a própria descoberta do potencial dessas pessoas.

Propiciar um ambiente que valoriza os funcionários dentro de seus próprios universos significa estimular o desenvolvimento humano e profissional, além de ajudar a firmar um ambiente de prosperidade onde muitos profissionais desejam trabalhar. Isso traz a ideia de justiça e confiança, em que as pessoas sabem que a recompensa poderá vir de acordo com seu próprio mérito, e não por indicações ou outros meios.

Na coluna Talento em Pauta desta terça-feira falarei mais sobre o Assessment e os seus benefícios à empresa e ao profissional. Até lá!

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