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DICAS

- Aprenda a ver o lado bom de ter alguém para lhe ajudar com suas tarefas. Trabalhar sozinho é muito mais trabalhoso, do que trabalhar em equipe;

- Lembre-se de que quem trabalha sozinho pode encontrar problemas e quem trabalha em equipe pode encontrar soluções;

- Troque informações. Uma das melhores coisas do trabalho em equipe é isso!

Pode parecer óbvio para uns, mas acreditem, um dos maiores problemas que líderes de empresas de diversos segmentos tentam resolver diariamente é o relacionamento entre os membros de suas equipes. Por mais que isso seja pregado e propagado por revistas sobre empregabilidade e matérias sobre comportamento corporativo, ainda há muitos colaboradores que não entendem a importância de um bom relacionamento interpessoal e, principalmente, do fundamental espírito colaborativo que deveria permear as relações profissionais.

Sinto informar, porém, que esse papel é primordialmente da empresa. É ela (a empresa) quem deve direcionar seus colaboradores sobre esse comportamento, através de valores bem definidos e seguidos pelos próprios gestores da empresa. Afinal, de nada adianta ter a missão, visão e valores penduradas em belos quadros nas paredes de um escritório se o que está escrito lá é desconhecido, e pior, não é seguido por seus colaboradores. Um líder deve incentivar que seus colaboradores desempenhem seus talentos únicos em cada projeto da empresa, orientando-os a sugerir inovações constantemente, pois quando um colaborador se sente ajudando ele tende a ajudar cada vez mais.

Mas a continuidade desse espírito colaborativo só é possível se o líder tiver alguns respaldos. Um deles, por exemplo, é a comunicação fluida inter e intrassetores. As áreas de uma empresa trabalham juntas com o objetivo de atender bem seus clientes e não, ao contrário do que algumas pessoas pensam por aí, para competir entre si. Quando um problema surge, por exemplo, é ignorância perder tempo apontando culpados, quando, na verdade deveria haver um esforço comum em resolver tal problema. Quan­do a comunicação é bem tratada por todos, a chance de problemas ocorrerem é bem menor do que quando as áreas da empresa não se conversam.

Aliás, outro respaldo que praticamente provém da boa comunicação é a cooperação e suporte. Por exemplo, se a área comercial sabe que a área de finanças está com problemas com clientes inadimplentes, ela pode, de alguma ma­­neira, ajudar a resolver o problema, seja numa melhor explanação no ato da venda, seja entrando em contato com o próprio cliente. A maneira, enfim, não cabe aqui, o que importa é a ideia de que todas as áreas de uma empresa devem trabalhar interligadas, atendendo às necessidades da empresa e não suas próprias necessidades.

O líder, por sua vez, precisa conceder autonomia a seus funcionários, para que ele se sinta seguro em colocar ideias que possam ajudar seus colegas, pois muitos se sentem tolhidos ao imaginarem que ajudando outra área, deixarão de produzir em favor dos próprios resultados. A ideia não é essa! Afinal, qual é o maior propósito dos profissionais de uma empresa? Trazer resultados positivos para a companhia. Se para isso for preciso que numa situação atípica a área de Marketing possa ajudar a resolver problemas da área Operacional ou vice-versa, é isso que deverá ser feito. O importante é o resultado final.

É muito fácil, aliás, reconhecer um profissional com esse espírito colaborativo, pois eles tem foco no resultado da empresa. Entendem que precisam dar de si 100% ou mais para alcançar resultados positivos. São pessoas que, normalmente, compreendem a organização como um todo (visão sistêmica) e se envolvem constantemente nas decisões, já que participam efetivamente em reuniões e discussões importantes da companhia.

Porém, para trabalhar em equipe de forma assertiva é fundamental saber lidar com distintas culturas organizacionais, respeitando as diferenças pessoais e mantendo sempre uma postura profissional. Outra questão indispensável é saber liderar, mas também saber ser liderado, pois praticamente todos nós, em algum momento, exercemos um papel e o outro também. O bom relacionamento ajuda nesse caso, mas não resolve o problema por inteiro. Saber receber e dar feedbacks também entra para essa lista, já que isso faz parte das relações profissionais.

Trabalhar em equipe não é um tormento como algumas pessoas, infelizmente, pensam. Essas, normalmente, batem no peito e dizem: "Se eu quero bem feito, faço eu mesmo!" Uma pessoa que sabe trabalhar em equipe, pensa diferente. Ela diz: "duas cabeças pensam melhor que uma. Vamos fazer juntos?"

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Teste

Será que há algo de errado na sua empresa alterando o clima organizacional e in­­cen­­tivando a competitividade não saudável entre os colaboradores? Façamos o teste:

1) Dentro da equipe:

a) Todos são focados em seus trabalhos, mas nunca negam ajuda a um colega em necessidade.

b) Há uma ou mais pessoas em específico que atiçam os colegas, incitando a competitividade irracional e o individualismo na empresa.

2) A pessoa que está na gestão da(s) equipe(s):

a) Compreende todas as áreas e suas respectivas necessidades e trata todas as equipes de maneira igualitária.

b) Pensa somente no crescimento de si mesmo ou de uma equipe em específico.

3) Os funcionários:

a) Têm autonomia para colocar ideias em prática, principalmente as que ajudam os colegas.

b) Costumam deixar as descobertas e novas ideias para si. O que importa é o desempenho individual.

4) Missão, visão e valores:

a) Funcionam de verdade. São constantemente reforçados aos colaboradores e devem ser incorporados pelas pessoas e equipes.

b) Funcionam somente na teoria. Dizem respeito a algo que nem empresa, nem funcionários praticam.

5) O relacionamento entre os membros da equipe:

a) É cooperativo. Todos procuram atingir um objetivo em comum, que foi traçado com sabedoria pelo gestor.

b) É competitivo. Os objetivos individuais e da equipe não deixam claro o quê é mais importante. Todos se digladiam para ver quem faz mais, melhor ou mais rápido.

6) A empresa se preocupa com a Comunicação entre os setores, colocando canais de comunicação interna, propõe reuniões diárias ou semanais envolvendo equipes e gestores para ver quem tem sugestões, ideias e troca de favores e ajuda.

a) Reconhece que a importância da fluidez da informação e eficiência das equipes está apoiada na Informação e Comunicação.

b) Não se preocupa com nada disso. É tudo supérfluo e perda de tempo. É preciso vender, e muito.

7) As metas estabelecidas pela empresa:

a) São principalmente estabelecidos para a equipe. Dessa forma, todos pensam em atingir o mesmo objetivo da melhor maneira possível.

b) Tornam o clima entre funcionários tenso, para que cada um pense somente na individualidade para conseguir os resultados.

8) Quando alguém erra:

a) Apresentam o erro a toda equipe, para que ninguém mais o cometa. Após isso, o time decide a melhor maneira de repará-lo.

b) Apontam o erro e o culpado, diminuindo a moral e confiança do mesmo, hostilizando a equipe contra ele. Busca-se culpar a pessoa pelo erro ao invés de apontar soluções e prevenções a novos problemas.

Não é somente o líder, ou a empresa e suas normas, ou as próprias pessoas que atrapalham a riqueza da coletividade no trabalho, mas uma combinação desses fatores. Se algumas alternativas "B" foram marcadas, é sinal de que algo pode estar interferindo na moral dos funcionários e clima da empresa. Trabalhe na união do grupo. Afinal, apesar de ser clichê, é ela que faz a força.

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