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Na busca pelo sucesso profissional, a postura e o comportamento do funcionário no trabalho podem servir como a escada para o sucesso. Mesmo assim, não são poucos os que ainda cometem sérios erros comportamentais no ambiente corporativo e acabam esquecendo que a competência técnica não é a única virtude necessária para galgar novas posições na carreira. No artigo de hoje contarei a história de dois profissionais diferentes, que tinham condutas diferentes e, por causa delas, também tiveram um desfecho diferente.

Caso 1: Quando o comportamento inibe a progressão

Bruna era analista sênior no setor financeiro de uma grande empresa e sempre surpreendia a todos com seu comprometimento em todas as atividades em que era envolvida. Sua capacidade analítica e a sua personalidade relacionável eram os fatores que a diferenciavam entre os demais colegas. Mesmo assim, não entendia o motivo pelo qual não conseguia evoluir na carreira, sendo que ela sempre era elogiada pela sua capacidade e rapidez. Em três anos de empresa, já havia participado de dois processos seletivos internos e perdido a vaga para outros profissionais não tão bem preparados como ela.

Bruna não sabia, mas o que acontecia era que a empresa toda sabia dos relacionamentos que ela mantinha com alguns homens da empresa, o que soava um tanto vulgar e denegria sua imagem profissional – e isso acabava explicando seu insucesso nos processos seletivos. Assim, sua postura não combinava com sua competência técnica, que acabava anulada perante a má fama.

Já ouvi muitas pessoas dizendo que o lado pessoal não deve ser levado em conta quando o assunto é trabalho. Mas, infelizmente – ou não – não é possível filtrar as nossas opiniões do que pode ser somado ou não. Para isso, é importante buscar um feedback com pessoas que podemos confiar dentro da empresa, para descobrir onde estamos errando. Pois, da mesma maneira que podemos aperfeiçoar a nossa técnica, também podemos conter e desenvolver o nosso lado comportamental.

Caso 2: Comportamento como alavanca de carreira

A segunda história é sobre Fábio, que ainda estava no início de sua carreira quando o conheci. Aos 20 anos, era assistente comercial e por vir de origem humilde não possuía uma capacitação profissional privilegiada como a maioria dos integrantes da equipe. Entretanto, ele realmente se esforçava para conseguir crescer profissionalmente mesmo sem condições. Além disso, sua personalidade superava seus déficits técnicos. Era um profissional ético, paciente e sempre cordial com todos a sua volta. Tais atitudes faziam com que ele tivesse uma forte rede de relacionamentos dentro da empresa. Com isso, as oportunidades não demoraram a aparecer.

Ao completar seis anos de empresa já era gerente comercial da área e todos o admiravam pelo seu crescimento e pela maneira como geria sua equipe. Fábio tornou-se gerente de uma maneira que poucas pessoas imaginam tornar-se possível. Acabou construindo sua imagem e com o tempo cuidou de sua capacitação. Desse modo, podemos dizer que não há uma regra para o sucesso, ele vem com o conjunto, ninguém ganha por ser o mais legal. Ou seja, não basta trabalhar o comportamental e os vínculos de amizade e não buscar o efetivo desenvolvimento técnico e profissional. E vice-versa.

Em síntese, com essas duas histórias podemos perceber que a conduta de alguém transforma a sua imagem e pode fazer muita diferença na progressão da carreira. Dessa forma, é importante sempre estar atento à maneira como você se porta no ambiente de trabalho, em todos os sentidos, pois esses cuidados podem render muitos pontos positivos.

Em outras palavras, nossas preocupações diárias com a eficiência, a competitividade e a lucratividade não devem prescindir de um comportamento ético, confiável e, além de tudo, responsável.

Na coluna de terça-feira falarei mais sobre como devemos mediar nosso comportamento no trabalho e trabalhar para que ele impulsione nossa carreira, e não jogue contra nós. Até lá!

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