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O assunto de hoje não é muito falado, entretanto é bastante comum nas empresas, principalmente naquelas de grande porte. Não conhecer os colaboradores é um problema? Conhecê-los é algo que se faz realmente necessário? Em grandes empresas é bastante comum, e de se esperar, que o presidente, por exemplo, não conheça todos. Mas é adequado agir como se os funcionários fossem números e como se as metas fossem atingidas apenas por máquinas? Além disso, não apresentar os novos colaboradores formalmente à companhia é uma boa prática?

Ao ler as perguntas desta maneira, as respostas podem soar um tanto quanto óbvias. Apesar disso, o que se observa nas empresas é justamente o contrário. Muitas delas não estimulam o convívio ativo entre equipes, entre chefes e seus subordinados, não apresentam os funcionários à empresa e muitos gestores não conhecem todos os membros de suas equipes.

Para exemplificar melhor o problema dessa prática de não conhecer os funcionários e equipe, compartilharei um e-mail que recebi recentemente de um leitor.

"Caro Bernt, me deparei com um dilema nos últimos meses, e escrevo porque gostaria de dividi-lo em busca de apoio para entender o que leva problemas, como o que vou lhe contar, a acontecer na empresa que trabalho.

Revelo que tais problemas envolvem a falha ou falta de comunicação na relação entre os gestores e equipes.

Sou técnico de engenharia mecânica e já fiz alguns cursos de relacionamento interpessoal. Talvez por isso possua uma visão maior do que a dos outros funcionários sobre o que acontece na companhia. Como lhe disse, percebo essa falta de comunicação desde quando entrei na empresa, em 2009. O diálogo e a comunicação entre gestores e equipes são quase inexistentes!

Quando fui contratado, meu gerente sequer se apresentou, e somente quatro meses depois, por meio de meus colegas, soube quem ele era. Isso acontece com quase todos os outros colaboradores e áreas também. Acredito que até hoje esse gerente não saiba quem eu sou, muito menos conhece todas as funções que exerço ou os benefícios que trago para a produção da empresa. Além disso, pelo que eu e meus colegas percebemos, a única coisa que importa à diretoria é a entrega dos resultados. Em nenhum momento o gestor conversa com a equipe para entender nossos anseios, projetos, ideias e objetivos. E tudo isso gera indignação e insegurança nos empregados.

Mostro minha versão para tentar compreender se estou errado ou se isso é realmente comum nas empresas.

Até entendo da onde vem essa ‘falha’, pois o presidente da empresa, que atua em outro endereço, mas na mesma cidade, aparece poucas vezes no local onde trabalho para fazer reuniões com os líderes. Ou seja, deu para notar que o que acontece comigo é o mesmo que ocorre com os meus superiores. Vou citar um exemplo que ocorreu ano passado: o diretor de RH pediu demissão e, ao se despedir do presidente, ele não sabia qual era o cargo e o nome desse importante gestor. Pergunto-me: como um presidente não conhece o diretor de RH da própria empresa? Responsável por funções importantes na organização?"

Caro leitor, consegue notar a gravidade do problema? Respondo a esse profissional que, infelizmente, situações como essa acontecem com frequência. Pode parecer difícil conhecer todos dentro de uma empresa, mas o gestor deve dialogar e conhecer as dificuldades e projetos dos seus funcionários. Muitas organizações desperdiçam talentos e perdem oportunidades de recrutamento interno por não conhecerem bem seus funcionários. O líder deve servir de exemplo para seus subordinados, por isso todos devem manter uma comunicação ativa e um relacionamento saudável com sua equipe.

Explorarei melhor esse assunto no artigo desta terça-feira. Até lá!

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