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A falta de talentos nos níveis mais altos de gestão está levando cada vez mais empresas a optar pela contratação de profissionais experientes de modo temporário. Esses profissionais são conhecidos como Interim Managers, ou gestores temporários. São profissionais sem registro CLT e, por essa razão, geralmente custam menos para as empresas.

Essa contratação é indicada para quando a empresa precisa conquistar novos mercados, criar uma nova unidade de negócios, realizar transições organizacionais, treinar um funcionário recém promovido, ou até mesmo colocar tudo nos eixos rapidamente quando a companhia passa por uma crise.

No artigo de hoje, contarei a história de Rolf, um profissional alemão que após ser desligado de sua empresa na Alemanha – uma indústria petroquímica, onde exercia o cargo de diretor de inovação e tecnologia –, decidiu se aventurar nesse modelo de gestão temporária.

Rolf possuía um perfil comportamental ímpar, com muitas qualidades que lhe caracterizavam como um líder inspirador, estratégico e corajoso, basicamente alguns dos principais atributos para o triunfo nesse tipo de profissão antes citada. Em seus primeiros três anos de atuação como gestor temporário, Rolf atuou em três empresas diferentes na Alemanha, tal experiência foi suficiente para que ele tivesse a certeza de que era aquele caminho que desejava seguir pelo resto de sua carreira.

Como geralmente esse tipo de profissional não tem como intenção a criação de relacionamentos duradouros com os demais funcionários (justamente pelo caráter temporário), sua capacidade inovativa, aliada à sua condição de líder temporário foram muito favoráveis para a quebra de antigas práticas e a criação de novos conceitos dentro das empresas em que atuou. Isso, somado ao seu pleno conhecimento em indústria petroquímica e à expertise em inovação fez com que Rolf recebesse um convite para liderar uma nova missão – também como gestor temporário – no Brasil.

Na época, esse setor vivia um momento de euforia e de necessidade de inovação no país. Além disso, a quantidade de profissionais qualificados nesse setor ainda era insuficiente para a demanda. A proposta era tentadora e ele aceitou o novo desafio. Rolf foi contratado por seis meses e tinha um grande poder nas mãos. Tinha a carta branca para conduzir o processo de profissionalização de algumas áreas da empresa e para implementar novos projetos nunca antes usados pela empresa brasileira.

Além do programa de inovação, entre as metas do executivo estavam o aumento da produtividade, redução de custos e aumento da eficiência ao longo da instalação do novo projeto. Metas duras, especialmente formatadas para esse tipo de profissional. Ao final do contrato, Rolf havia cumprido a sua missão e preparado a empresa para atuar em um novo patamar e enfrentar novos mercados. E, dessa maneira, partir para próximo desafio, no qual poderá continuar explorando seus potenciais de modo sinérgico e desafiador.

Casos como o de Rolf estão se tornando comuns no mundo corporativo – sobretudo em empresas médias (pela economia na contratação do profissional com a expertise demandada) e grandes (pelo alto número de novos e pontuais projetos). Ele continuou morando no Brasil, local que já conhecia por ser o destino preferido de férias passadas, quando ainda morava na Alemanha.

No artigo desta terça-feira falaremos mais sobre o Interim Management e os ganhos que profissional e empresa podem tirar desta relação. Até lá!

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