A crise levou a contadora e administradora Carla Soffiatti, de 42 anos, a fazer uma reorganização do orçamento nos últimos três meses. "A turbulência fez a gente repensar nossas atitudes. Se tudo isso está acontecendo em uma potência como os Estados Unidos, imagina no Brasil, que é um país emergente", diz. Mesmo não sendo diretamente afetada pela crise, ela reviu as contas e conseguiu reduzir em 30% as despesas da família. "Foram medidas simples. Passamos a controlar o desperdício de alimentos, reduzir o consumo de produtos de limpeza, apagar as luzes quando não as estávamos usando", diz.
Para reduzir a compra por impulso no shopping, ela cancelou dois dos três cartões de crédito. A mesada das filhas, de 15 e 11 anos, passou a ser paga de uma vez só. "Antes, a gente não tinha controle, ia dando o dinheiro à medida que elas iam pedindo. Agora, elas aprenderam a dar valor e a priorizar os gastos. E deu tão certo que elas estão até economizando. Uma delas vai comprar um vestido com as sobras dos outros meses", afirma.
Os gastos com educação também foram reavaliados e a administradora conseguiu ainda um desconto de 15% no curso de inglês ao fazer com que as duas meninas estudassem na mesma escola. Carla e o marido também adiaram a compra de um imóvel maior. "Até outubro estávamos procurando, mas resolvemos dar uma segurada no projeto até o segundo semestre", diz.
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