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Desde que Detroit anunciou que poderia vender obras de seu Instituto de Artes para pagar sua dívida bilionária, a comunidade artística, em várias partes do mundo, ficou agitada. A história, porém, pode ter uma reviravolta. A cidade americana agora está à procura de alternativas para preservar seu acervo. A principal delas é apostar na generosidade de estranhos. Filantropos, por exemplo, prometeram US$ 5 milhões para compensar as perdas previstas no plano de reestruturação de Detroit.

Uma fundação local também se ofereceu para fazer contribuições, atendendo a um pedido de um juiz encarregado de lidar com os credores. Ele quer levantar US$ 500 milhões através de fundações. A dívida de Detroit chega a US$ 18 bilhões. Os custos com pensão e saúde impedem o fechamento das contas. No último dia 3, um juiz determinou que a cidade poderá permanecer sob proteção da corte de falências contra ações que possam interferir com suas tentativas de reduzir as dívidas e cortar benefícios dos servidores públicos.

A casa de leilões Christie's foi contratada para calcular o valor de cerca de 2,8 mil obras de arte. Uma análise preliminar trabalha com uma previsão que vai de US$ 452 milhões a US$ 866 milhões. O número exato será conhecido apenas nesta semana, quando a casa entrega o relatório final a Kevyn Orr, o gerente de emergência responsável pelas finanças da cidade.

A Christie também vai dar sugestões de como Detroit pode superar o drama econômico sem se desfazer de seu patrimônio artístico, que inclui pinturas de Edgar Degas, Renoir e Caravaggios. Entre as possibilidades, está o uso dos quadros como garantias de empréstimo. Também estão previstas parcerias com outros museus, em que as obras seriam locadas durante um determinado período. "Tudo está sobre a mesa. Se houver dinheiro no jogo, vamos repensar a situação. Propostas são bem-vindas", disse Orr. "Mas, no momento, não quero enganar ninguém. Dinheiro é rei. Até eu ter dinheiro nas mãos, uma proposta concreta ou um acordo definitivo, tudo está sobre a mesa". As informações são do "The Guardian".

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